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Internacional
Sábado - 05 de Março de 2005 às 23:45

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O ministro de Exteriores israelense, Silvan Shalom, exigiu neste sábado que a Síria se retire totalmente do Líbano, circunstância que, na sua opinião, poderia ser um passo para por fim às hostilidades entre Israel e Líbano.

"Israel exige a aplicação total da resolução 1.559, da ONU, ou seja, uma retirada completa das tropas sírias no Líbano", disse Shalom, esta noite, em uma entrevista coletiva em Tel Aviv, ao lado de seu colega jordaniano, Hani al Mulki, que está em visita oficial a Israel.

Segundo Shalom, a retirada da Síria "permitirá a realização de eleições livres e democráticas, que os libaneses elejam seus próprios dirigentes, articulem um país independente, não um Estado vassalo, e, num futuro próximo, poderia levar a um maior entendimento e, inclusive, à paz com Israel".

O presidente sírio, Bachar al Assad, anunciou hoje uma recuo de todas as tropas de seu país no Líbano à região do Vale de Bekaa, no leste libanês, e dali à "fronteira" entre ambos os países.

Al Assad disse que representantes dos dois países se reunirão esta semana para preparar a operação, em cumprimento do acordo de Taif (que pôs fim à guerra civil libanesa) e da resolução 1.559, do Conselho de Segurança da ONU.

O presidente sírio não deu, no entanto, nenhuma data para o início da retirada.

A comunidade internacional fez um pedido para a retirada das tropas sírias do Líbano (onde permanecem há trinta anos), sobre a base da referida resolução do Conselho de Segurança da ONU, apresentada por Washington e Paris, e exige "a retirada de todas as tropas estrangeiras" do Líbano.

As autoridades israelenses acusam a Síria de estar por trás dos ataques da organização xiita Hisbolá - cujos membros operam desde o Líbano, em regiões do norte de Israel - e do atentado suicida palestino em Tel Aviv no último dia 25 de fevereiro, que matou cinco israelenses e deixou outros cinqüenta feridos.

No entanto, Israel ocupa desde 1967 - quando ocorreu a "Guerra dos Seis Dias" - as colinas de Golã, que pertencem à Síria e estão situadas no nordeste do Estado judeu.

Por sua parte, Al Mulki afirmou durante a entrevista coletiva que espera que Israel libere, em uma ou duas semanas, os 26 jordanianos detidos em prisões israelenses.

Al Mulki, que se reuniu esta tarde com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, em Ramala, permanecerá amanhã em Israel, onde terá encontros com os principais dirigentes do governo israelense.

Trata-se da primeira visita de um ministro jordaniano a Israel desde o começo da "intifada", há quatro anos.





Fonte: EFE

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