Corinthians desencanta e goleia União
É lógico que os zagueiros Copertino, Félix e Magal foram coadjuvantes perfeitos para o show corintiano. E ajudaram muito na redenção da equipe. Nenhum deles impediu que, após o escanteio cobrado por Coelho, a bola chegasse a Wendel, que, caído, fez o passe para Tevez. O argentino chutou com força e correu para o banco de reservas. Foi abraçar Dinélson, em quem havia dado uma entrada dura no treino de quarta-feira. Carlos Alberto, que brigou com o argentino por isso, não foi abraçá-lo.
Ficou tudo mais fácil. Aos 20 minutos, Pires fez um pênalti desnecessário em Gil. A torcida e os jogadores exigiram que Coelho batesse. Justamente ele, que errou contra o São Paulo. Ele errou de novo, mas pegou o rebote e marcou.
Só dava Roger em campo. Presente em todos os setores, correndo, armando e chutando. Tudo o que faltava a Carlos Alberto, o omisso. Aos 36, acertou a trave, após tabela com Gil e, três minutos depois, fez seu primeiro gol, acertando um belo chute da intermediária em cobrança de falta após um leve toque de Coelho.
Aos 43, Roger lançou Tevez, que errou o passe para Gil. E, aos 45, Tevez resolveu chutar ele mesmo, após novo passe de Roger. O argentino nem voltou para o segundo tempo. Estava fácil e foi poupado por sentir dores musculares. O quinto gol veio logo aos sete minutos. Falta em Roger - sempre ele - e Coelho cobrou, de forma impecável, no ângulo direito.
O técnico Arnaldo Lira resolveu impedir um vexame maior. Trocou Paulinho Kobayashi, atacante, pelo zagueiro Tiago. Parecia premonição. Seis minutos depois, Félix, também zagueiro, fez falta feia em Bobô e foi expulso.
Tudo estava muito bom, mas um olhar mais atento mostra erros recorrentes na defesa. Fábio Costa salvou uma cabeçada de Maurício Copertino - desmarcado - aos 17 minutos, mas não impediu o gol do União, aos 28 minutos. Alecsandro veio de trás, trombando com um e outro, livrou-se de Betão e Anderson e marcou.
Nem o gol serviu para acordar o Corinthians, acomodado com a goleada. O jogo estava definido. Por isso, Fabrício, recuperado de uma contusão no joelho direito, entrou em lugar de Marcelo Mattos. E Fabrício beijaria o seu joelho aos 45 minutos. Foi a forma escolhida para comemorar seu gol, após belo passe - o único em toda a partida - de Carlos Alberto. É a maior goleada do campeonato. O timão está nascendo.
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