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Internacional
Sábado - 05 de Março de 2005 às 22:10
Por: Denise Chrispim Marin

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Brasília - O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, fez um novo apelo neste sábado para que os grupos iraquianos que seqüestraram o engenheiro brasileiro João José Vasconcellos Júnior no último dia 19 de janeiro, em Beiji, apresente informações concretas de sua situação ao governo brasileiro e a seus familiares. A declaração foi feita à Agência Brasil em Nairóbi, no Quênia, poucas horas depois de o chanceler ter sido informado sobre uma nota divulgada pela agência de notícias italiana Ansa, que apontava a morte de Vasconcellos.

"Eu diria que nós conservamos a esperança. Já houve momentos em que nós ouvimos coisas negativas. Depois, as atitudes e os indicadores foram no sentido contrário, e as análises também. Então, mantemos a esperança", afirmou. "Evidentemente, apelaríamos para que os seqüestradores permitam a nós e, sobretudo, a família ter conhecimento da real situação".

Amorim embarcou no último dia 2 para a África, onde participou de uma reunião ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC), em Mombasa, no Quênia. Neste sábado, visita oficialmente a capital queniana. Conforme informou, ele recebeu a nota divulgada pela agência Ansa e logo em seguida entrou em contato com o ministro interino das Relações Exteriores, embaixador Samuel Pinheiro Guimarães. "Do Brasil, haverá mais facilidade de fazer os outros contatos que teremos de fazer", explicou, referindo-se às relações mantidas pelo Itamaraty com serviços de inteligência e autoridades de vários países.

Desde o seqüestro de Vasconcellos, o governo brasileiro fez contatos com vários países árabes, que foram reiterados durante a jornada de Amorim por 10 Nações, no final de fevereiro. "Tive ocasião de fazer esse apelo diretamente aos países árabes, quando participei no Fórum Econômico em Jedá (Arábia Saudita). Eles conhecem a nossa posição, inclusive sobre o tema do Iraque", afirmou, referindo-se à oposição do Brasil à invasão do Iraque pelas tropas da coalizão liderada pelos Estados Unidos.





Fonte: Agência Estado

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