Moradores protestam contra aumento da conta de energia
A Associação de Moradores da Morada do Ouro (AMMO) realiza nesta quinta-feira (22), uma manifestação contra os aumentos excessivos das faturas de energia elétrica verificados nas residências do bairro. Através de um plantão instalado na praça desde a semana passada, a Associação vem recolhendo assinaturas dos moradores no abaixo-assinado que será encaminhando à Cemat, reivindicando redução nos valores cobrados e arevisão das contas.
A confirmação da cobrança abusiva está sendo feita através de fotocópias das faturas apresentadas pelos moradores no momento da assinatura, quando estão sendo constatados reajustes que em alguns casos atingem até 100%. Segundo a presidente da Associação, Elizabeth Soares de Andrade Pinheiro (Beta), ao ser procurada por moradores indignados com a cobrança abusiva, a entidade viu por bem se manifestar publicamente, o que justifica a própria existência da Associação, cujo propósito é o de defender os anseios da comunidade.
Moradores de outros bairros também reclamam do reajuste louco das tarifas de luz. No Jardim Paiaguás 2, por exemplo, o morador Luiz Antonio Perlato e sua vizinha Josiane Nonato, afirmam que as contas de luz deles tiveram alta de 40%. Ao telefonarem para reclamações, foram instruídos a fazerem eles mesmos uma auto-leitura do consumo, e de acordo com os atendentes se o consumo estiver na faixa da leitura feita pelo funcionário a tarifa está correta.
"Acontece que em minha casa não temos aparelhos de ar-condicionado, apena ventilador, e o consumo é o mesmo de sempre. Não pode ser verdade que o consumo aumentou", diz Perlato, destacando que é possível que os funcionários da empresa encarregada podem ter sido instruídos a adulterar o consumo, de forma que se o consumidor reclamar vai ficar demonstrado que não tem razão.
Segundo os atendentes, os consumidores têm o direito de pedir uma releitura, mas se ela for confirmada o reclamante ainda tem que pagar uma taxa. "Poderíamos até aceitar se o reajuste fosse de 10%,mas não neste patamar", diz Josiane. "Não podemos ficar calados, pois vai chegar a um ponto que seremos inadimplentes, pois tudo está subindo de preço, enquanto os salários permanecem os mesmos".
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