EUA definem Brasil como rota importante para o tráfico de drogas
O relatório ressalta que "o Brasil não é um país significativo na produção de drogas", mas é uma rota para "a pasta-base de cocaína e o hidroclorido de cocaína que vão dos países andinos para a Europa e os centros urbanos brasileiros".
Segundo o documento, "o crack é usado por jovens em áreas urbanas, principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro, e quantidades menores de heroína passam pelo Brasil rumo aos Estados Unidos e à Europa".
O relatório elogia a cooperação das autoridades brasileiras com os países vizinhos para combater o tráfico de drogas: "O Brasil continua cooperando com seus vizinhos sul-americanos para controlar as áreas fronteiriças pelas quais as drogas ilegais são transportadas".
Para o Departamento de Estado, a maioria das organizações de tráfico do Paraguai é dirigida por brasileiros, ligados às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
"Há cidadãos brasileiros, inclusive alguns que compram cocaína das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) pagando com dinheiro e armas, que dirigem a maioria das organizações de tráfico no Paraguai", afirma o relatório.
O Paraguai, segundo o documento, "continua sendo um país de passagem para um volume de 40 a 60 toneladas de cocaína colombiana, boliviana e peruana destinada a Argentina, Brasil, Europa e África".
"O Paraguai é também local de origem de uma maconha de alta qualidade que não é vendida nos EUA".
O Departamento de Estado mencionou também os outros países do Cone Sul em seu relatório.
A Argentina foi descrita como uma rota de passagem da heroína colombiana para os EUA e uma fonte de produtos químicos para processamento da cocaína.
Segundo o relatório, traficantes colombianos estariam aumentando a presença em território argentino para fugir da pressão do Plano Colômbia, promovido pelos EUA para combater as drogas no país que fica ao norte do Brasil.
O Chile também foi descrito como rota de passagem de cocaína e heroína para EUA e Europa, além de uma fonte de químicos para processamento da coca no Peru e na Bolívia.
Finalmente, o governo dos EUA descreve o Uruguai como um país sem importância na produção e tráfico de drogas internacional, mas mostra preocupação com a recessão econômica do país, que o deixa mais vulnerável ao aumento do tráfico.
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