Líbano insiste em uso de carro-bomba no atentado contra Hariri

O atentado que matou o ex-primeiro- ministro libanês Rafik Hariri, no dia 14 de fevereiro, foi cometido com um carro-bomba, afirmou nesta sexta-feira a emissora oficial Rádio Líbano, citando fontes judiciais.

As fontes afirmaram que o veículo diminuiu sua velocidade quando o comboio de Hariri passava próximo ao hotel Saint George de Beirute, local da explosão que matou o ex-primeiro-ministro e outras 14 pessoas.

Aparentemente, o veículo estava sendo conduzido por um motorista. No entanto, em seu interior foram encontrados os restos de Ahmad Abu Adas, um fundamentalista islâmico que não sabia dirigir, segundo seu pai.

O veículo continha cerca de 350 quilos de explosivos, acrescentaram as fontes, que esperam poder divulgar na semana que vem a identidade de outros supostos autores do atentado.

A imprensa libanesa informou hoje que a explosão foi filmada pelas câmaras de segurança dos estabelecimentos situados no local do atentado, onde se encontram vários bancos e hotéis.

Além disso, informaram que há várias gravações que serão apresentadas aos especialistas para serem examinadas, determinando o tipo de explosivo utilizado para cometer o crime.

O juiz de instrução Michel Abu Arach afirmou hoje que os investigadores libaneses cooperarão com os especialistas suíços que deverão chegar nas próximas horas a Beirute, assim como com a equipe da ONU que já está na capital libanesa.

Saber a identidade dos autores do atentado contra Hariri, pelo qual muitos responsabilizam os serviços secretos sírio-libaneses, é uma das reivindicações da oposição que mantém mobilizados os libaneses, e que levou à renúncia do governo do Líbano liderado por Omar Karame na última segunda-feira.