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Sexta - 04 de Março de 2005 às 20:07
Por: Joelle Diderich

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Quando o conglomerado de luxo francês LVMH entregou as rédeas de sua grife Celine ao estilista italiano Roberto Menichetti, no ano passado, sua expectativa era de receber de volta mais do que apenas vestidos bonitos.

Depois de comprar maisons de moda diversas na década de 1990, os grupos de luxo estão fazendo uma análise cuidadosa de seus portfólios inchados e se livrando dos setores de desempenho fraco.

A LVMH vendeu a deficitária Christian Lacroix em janeiro, já tendo passado adiante bens tão diversificados quanto a grife Michael Kors e suas marcas de cosméticos Hard Candy e Urban Decay.

O grupo, que abarca 50 marcas, vê Menichetti como crucial para a estratégia de desenvolvimento que traçou para a Celine, que nos últimos quatro anos viu suas vendas subir 50 por cento.

Apesar disso, a Celine ainda é pequena pelos padrões da LVMH, especialmente quando comparada à Louis Vuitton e à Christian Dior, também da LVMH. Com tantas divisões competindo por atenção, as pequenas estão sendo pressionadas para provar que são capazes de garantir lucros grandes.

Exibida em outubro passado, a primeira coleção de Menichetti decepcionou os críticos, para quem faltou uma direção clara.

O desfile da coleção de outono-inverno do estilista, na quinta-feira, foi um pouco mais coerente.

Os convidados, incluindo a modelo indiana Padma Lakshmi, atravessaram neve para chegar a uma tenda montada nos jardins Tuileries, onde modelos desfilaram em suéteres luxuosos de cashmere e saias rodadas de cetim em tons de esmeralda, lápis lazuli e granada.

A modelo italiana Maria Carla Boscono apresentou um vestido de noite de cetim azul-marinho com decote fundo nas costas.

As saias e os casacos de pele se afinavam embaixo, criando efeito "tulipa", e calças masculinas de alfaiataria ofereciam uma alternativa confortável para os urbanóides de vida agitada.

PRAZO LIMITE PARA LUCROS

O presidente da Celine, Jean-Marc Loubier, disse estar confiante nas chances da grife de perdurar.

Os executivos do rival Grupo Gucci, pertencente à maior rede varejista da Europa, a Printemps Pinault Redoute, estão dizendo algo semelhante sobre suas próprias "grifes emergentes", que incluem Stella McCartney, Alexander McQueen e Balenciaga.

"Estou confiante no crescimento delas", disse o executivo-chefe da Gucci, Robert Polet, à Reuters depois de McCartney exibir suas criações mais recentes, na quinta-feira.

Mas paciência tem limite, e a Gucci concedeu a suas grifes emergentes o prazo de três anos para começarem a apresentar lucros.

O grupo investiu pesado na grife fundada pela filha do ex-Beatle Paul McCartney, visando tornar sua moda confiante acessível a seus pares.

Para o próximo inverno, isso significa suéteres oversized usados com largas camisas de seda e paletós esculpidos com mangas exageradas.

A própria Stella McCartney não estava presente ao desfile, já que na semana passada deu à luz em Londres a seu primeiro filho, Miller.

A expectativa é que ela intensifique o ritmo quando voltar da licença-maternidade.





Fonte: Reuters

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