Empresários estão confiantes na viabilização de Hidrovia
O presidente da Companhia Interamericana de Navegação do Comércio (Cinco), Michel Chaim, um dos debatedores do painel, acredita numa solução consensual, que envolva o judiciário, Ibama, Estados e iniciativa privada, do que é preciso ser feito para a exploração fluvial, em acordo com a preservação ambiental. A Cinco é uma empresa brasileira de navegação com atuação principal no eixo da Hidrovia Paraguai-Paraná.
No final do debate, o governador Blairo Maggi afirmou que espera que como resultado das discussões seja dada a Mato Grosso "a oportunidade do que efetivamente precisa ser feito para que a hidrovia funcione. Se ela pode funcionar, o que precisa ser feito, pois o governo e sociedade mato-grossense têm interesse nisso", afirmou, destacando que "essa vontade não será feita se não tiver o apoio jurídico". Segundo o governador é possível cumprir os requisitos ou pré-requisitos estabelecidos e através da hidrovia fazer a ligação da América do Sul.
"Considero que foi um debate de alto nível, fornecendo elementos para o Governo de Mato Grosso, angariar informações básicas, para traçar sua política de ação", disse Chaim. "Depois do que o governador Blairo Maggi pontuou aqui no debate, acredito que o Estado deva desenvolver uma atuação em conjunto com Mato Grosso do Sul, em busca de se fazer um acordo, com esferas superiores", disse.
Na avaliação do empresário, tudo caminha para que seja tenha um entendimento entre as instituições, Ministério Público Federal, Ibama, Estado, iniciativa privada do que precisa ser feito para a solução do problema.
SEGURANÇA
Durante o seminário o presidente da Cinco expôs vários modelos de embarcações, desenvolvidas com alta tecnologia, que busca minimizar os riscos de acidentes com os produtos transportados. "Nós temos que usar o conhecimento de tecnologia para minimizar os riscos e quando eles acontecerem quais as contingências que estaremos preparados", disse.
Na avaliação do empresário, a proibição de novas obras feita pela Justiça Federal, não permite que os empresários façam os investimentos necessários para minimizar os riscos. Com isso, as atividades que já vinham sendo desempenhadas, antes da decisão da justiça, e que continuam, não podem fazer estes investimentos.
Um dos benefícios com o transporte fluvial, segundo Chaim, é economia no custo da escoação do produto. Ele exemplificou, durante o Seminário, que a economia que o agricultor mato-grossense teria, com o transporte fluvial, é de US$ 10 por tonelada de soja transportada, em relação ao transporte rodoviário, dum carregamento de uma área produtora de Mato Grosso até o Porto de Paranaguá. "É o produtor que está pagando o preço dessa polêmica", afirmou.
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