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Nacional
Sexta - 04 de Março de 2005 às 06:51

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Na guerra entre a Câmara e o Senado deflagrada pelo debate em torno do aumento de salários, os deputados prometem ganhar a próxima batalha. Insatisfeitos com a vitória política dos senadores, que barraram o aumento de 67% para os parlamentares, os deputados já começaram a levantar as "regalias" concedidas aos senadores. "Não queremos igualdade, mas mostrar à sociedade o que representa o custo de um senador para o País", avisou o comandante da operação, o quarto-secretário da Câmara, deputado João Caldas (PL-AL).

No Senado, os pedidos de esclarecimentos sobre quais os benefícios concedidos aos parlamentares além dos seus vencimentos são guardados sob sigilo. Oficialmente, ninguém fala sobre o assunto. No entanto, os senadores acumulam alguns benefícios que não são garantidos aos deputados. A explicação é que a Casa abriga apenas 81 parlamentares, ante os 513 da Câmara.

Igual mesmo, deputados e senadores têm somente os 15 salários pagos anualmente, no valor de R$ 12.847. Os dois salários extras no ano são pagos no início e no final de cada sessão legislativa. Além disso, os senadores ainda contam com uma verba indenizatória de R$ 12 mil, para manutenção de um escritório nos estados de origem, além de verba de gabinete que pode ultrapassar os R$ 50 mil, para contratação de até 37 funcionários. Os senadores ainda podem contar com o apoio de até nove funcionários do Senado. São técnicos extremamente qualificados, sem qualquer custo.

Os senadores contam ainda com um carro oficial - a frota foi renovada em 2003, pelo então presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP) - e 20 litros de gasolina por dia, não cumulativos. Há ainda uma cota de R$ 800 para os telefones fixos dos gabinetes, mas, segundo informações obtidas pela Agência Nordeste, o valor acaba sendo sempre ultrapassado, sem que haja cortes; correio, que depende da população de cada estado; quatro passagens aéreas mensais e celular livre, tanto para o senador quanto para o chefe de gabinete.

Na Câmara, além dos 15 salários, os parlamentares contam com uma verba indenizatória de R$ 15 mil, o valor foi elevado pelo ex-presidente João Paulo Cunha (PT-SP), em 30 de dezembro de 2004, mais R$ 35,3 mil de verba de gabinete, que deve ser usada para o pagamento de seus 20 funcionários. A cota postal e de telefones é de R$ 4.268 por mês. Os deputados também têm quatro passagens mensais, mas não contam nem com carro oficial, à exceção dos 11 membros da Mesa, nem com celulares pagos pela instituição.




Fonte: Agência Nordeste

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