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Senado pede explicações à Abin sobre ida de agentes a Cuba
Brasília - O Senado vai encaminhar ao ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Jorge Felix, pedido de informações sobre a execução de um programa de intercâmbio entre os serviços de inteligência brasileiro e o de Cuba. O pedido foi feito com base em requerimento apresentado ontem pelo líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM).
No início da semana, o líder da minoria na Câmara, deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), protocolou requerimento idêntico e pediu à Comissão de Acompanhamento de Ações de Inteligência da Casa que convoque o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), delegado Mauro Marcelo, a prestar esclarecimentos aos deputados.
Na última semana de fevereiro, o chefe da Abin esteve em viagem oficial a Havana para consolidar o programa de aproximação e intercâmbio entre a Abin e Dirección General de Inteligência (DGI), o serviço secreto cubano. A visita resultou num acordo para treinamento e troca de experiências de agentes da Abin, que se preparam para ir a Cuba neste mês.
O requerimento de Virgílio pretende que o general Felix, a qual a Abin está subordinada, revele quais as experiências que o órgão pretende assimilar e se a idéia "é implantar, em seus quadros, o modus operandi da polícia secreta de Fidel Castro". "Estamos todos estupefatos com essa iniciativa", disse Virgílio à Agência Estado.
Segundo o líder do PSDB, a DGI foi formada pela KGB, da antiga União Soviética, e tem como atribuição central "auxiliar movimentos revolucionários em todo o mundo". O senador disse que se forem confirmadas as informações sobre esse programa de intercâmbio, que até agora é oficialmente desconhecido do Congresso Nacional, isso significa que o governo brasileiro escolheu, sem consultar o Legislativo, formar profissionalmente seus quadros de inteligência "com uma agência historicamente totalitária e cujos métodos sanguinários aplicados na obtenção de informação não condizem com aqueles utilizados por países democráticos como o Brasil".
A preocupação das lideranças de oposição no Congresso não se resume apenas a esse programa da Abin. Alguns parlamentares desconfiam da existência de outros acordos entre os governos brasileiros e o regime de Fidel Castro, também mantidos em segredo, que poderiam estar indo bem além do intenso trânsito de autoridades do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para Cuba.
Neste início de ano, além do diretor da Abin, já estiveram em Havana os ministros da Casa Civil, José Dirceu e o ministro da Educação, Tarso Genro, ambos petistas, e para março estão programadas viagens de funcionários de primeiro e segundo escalão em grande número, entre os quais uma viagem oficial do presidente da Petrobrás, José Eduardo Dutra, ex-senador do PT. O embaixador brasileiro em Cuba é o ex-deputado do PT mineiro, Tilden Santiago, que entre suas atuais missões trata da construção de uma nova sede para a embaixada em área privilegiada de Havana.
No início da semana, o líder da minoria na Câmara, deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), protocolou requerimento idêntico e pediu à Comissão de Acompanhamento de Ações de Inteligência da Casa que convoque o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), delegado Mauro Marcelo, a prestar esclarecimentos aos deputados.
Na última semana de fevereiro, o chefe da Abin esteve em viagem oficial a Havana para consolidar o programa de aproximação e intercâmbio entre a Abin e Dirección General de Inteligência (DGI), o serviço secreto cubano. A visita resultou num acordo para treinamento e troca de experiências de agentes da Abin, que se preparam para ir a Cuba neste mês.
O requerimento de Virgílio pretende que o general Felix, a qual a Abin está subordinada, revele quais as experiências que o órgão pretende assimilar e se a idéia "é implantar, em seus quadros, o modus operandi da polícia secreta de Fidel Castro". "Estamos todos estupefatos com essa iniciativa", disse Virgílio à Agência Estado.
Segundo o líder do PSDB, a DGI foi formada pela KGB, da antiga União Soviética, e tem como atribuição central "auxiliar movimentos revolucionários em todo o mundo". O senador disse que se forem confirmadas as informações sobre esse programa de intercâmbio, que até agora é oficialmente desconhecido do Congresso Nacional, isso significa que o governo brasileiro escolheu, sem consultar o Legislativo, formar profissionalmente seus quadros de inteligência "com uma agência historicamente totalitária e cujos métodos sanguinários aplicados na obtenção de informação não condizem com aqueles utilizados por países democráticos como o Brasil".
A preocupação das lideranças de oposição no Congresso não se resume apenas a esse programa da Abin. Alguns parlamentares desconfiam da existência de outros acordos entre os governos brasileiros e o regime de Fidel Castro, também mantidos em segredo, que poderiam estar indo bem além do intenso trânsito de autoridades do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para Cuba.
Neste início de ano, além do diretor da Abin, já estiveram em Havana os ministros da Casa Civil, José Dirceu e o ministro da Educação, Tarso Genro, ambos petistas, e para março estão programadas viagens de funcionários de primeiro e segundo escalão em grande número, entre os quais uma viagem oficial do presidente da Petrobrás, José Eduardo Dutra, ex-senador do PT. O embaixador brasileiro em Cuba é o ex-deputado do PT mineiro, Tilden Santiago, que entre suas atuais missões trata da construção de uma nova sede para a embaixada em área privilegiada de Havana.
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/355300/visualizar/
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