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Quinta - 03 de Março de 2005 às 23:00

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A Viação Aérea Rio Grandense (VARIG) tem data marcada para deixar de operar em Cuiabá: 1° de maio. A decisão foi tomada pela administração nacional da empresa e motivada pelo fim do code share (compartilhamento de aeronave) com a TAM.

As duas companhias estavam, há dois anos, em processo de fusão. Desde 2003, acentos de um mesmo avião eram vendidos de forma partilhada pelas empresas. Mas a parceria foi julgada prejudicial para os passageiros, depois de uma avaliação feita mês passado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade, órgão do Ministério da Fazenda responsável por avaliar as conseqüências das fusões para o consumidor final).

O Governo Federal deu prazo de 90 dias, a vencer em 23 de maio, para Varig e Tam desfazerem o acordo de code share. Segundo Carlos Pereira, presidente da Varig em Cuiabá, a decisão se estende também para Campo Grande (MS). Sem o compartilhamento, a companhia alega não ter equipamento (avião) para manter os vôos nas duas capitais.

De acordo com dados do escritório local da Varig, mensalmente são emitidos em Cuiabá uma média de mil e trezentos bilhetes. "A única possibilidade de reverter a situação é aumentar o número de documentos emitidos para a casa dos dois mil", avalia Carlos Pereira. Ele explica que nesse caso a empresa disponibilizaria avião para pelo menos um vôo diário.

"Mas para isso acontecer é preciso uma mobilização de todos os agentes de viagens, a intervenção do Governo do Estado e o trabalho não poderia parar por aí", esclarece o presidente mencionando a lei da oferta e da procura. "Se o destino não dá resultado o vôo é tirado", conclui ele.

Prejuízo para o turismo

Para Vicente Campos, presidente da Associação das Agências de Viagens de Mato Grosso (ABAV/MT), o cancelamento dos vôos teria proporções alarmantes para os agentes de viagens de Cuiabá e seria prejudicial também para o consumidor. "Com menos oferta de vôos, os preços das passagens disparariam", preocupa-se Vicente Campos.

Segundo o presidente da ABAV/MT, todo o trade turístico sofreria prejuízos e o trabalho de "venda" do estado no exterior estaria comprometido, já que é da Varig um importante produto responsável por trazer o turista estrangeiro para Cuiabá.

O Brasil Air Pass é um passaporte vendido para o estrangeiro lá fora e que garante ao turista visitação à cinco pontos turísticos no país. A capital matogrossense faz parte desse roteiro, por ser o ponto de partida para o Pantanal e Chapada dos Guimarães. "Cerca de 40% dos estrangeiros que aportam aqui, vem por meio desse passaporte", esclarece Vicente.





Fonte: Da Assessoria

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