Crescimento econômico anima indústria de telecomunicações
A Motorola, por exemplo, informou que pretende gastar US$ 5 milhões nos próximos dois anos para criar dois laboratórios de desenvolvimento no Brasil. A companhia já havia divulgado planos de aplicar outros US$ 20 milhões em um período de 15 meses, para ampliar a estrutura de pesquisa de software para telefonia móvel. A LG que, em novembro, anunciou investimento de US$ 40 milhões para ampliar a produção, disse que vai gastar mais US$ 18 milhões este ano em pesquisa e desenvolvimento. A Siemens anunciou investimentos de R$ 230 milhões para 2005 para impulsionar os negócios na área de telecomunicações.
Segundo o diretor de vendas da LG, Carlos Melo, o Brasil está "diante do vôo da águia", numa referência às críticas de que a economia poderá viver o chamado "vôo de galinha", no qual o crescimento é seguido de uma recessão. O vice-presidente da Nokia, Claudio Raupp, ressaltou que "o ambiente macroeconômico estável é positivo para atrair investimentos". Já o vice-presidente da Siemens, Aluizio Byrro, afirmou que "ainda há um potencial muito grande na área de telecomunicações a ser explorado, principalmente no mercado de celulares". O diretor-geral da Motorola, Luis Cornetta, destacou que o País vem "demonstrando um crescimento constante e equilibrado e as empresas que ousaram apostar nisso saíram ganhando".
Com os investimentos realizados em 2004 e os gastos previstos para 2005, a expectativa é de que as vendas externas de celulares voltem a crescer nos próximos meses. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), essa tendência já começou a se manifestar no fim do ano passado, quando as exportações de telefones móveis superaram a previsão de US$ 550 milhões e atingiram US$ 736 milhões. Até o fim deste ano, a entidade acredita que o setor será capaz de alcançar a marca de US$ 1 bilhão.
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