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Esportes
Quinta - 03 de Março de 2005 às 22:04
Por: Rogério Soares

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O técnico argentino Daniel Passarella foi apresentado na tarde desta quarta-feira como o novo técnico do Corinthians. O contrato foi assinado até 31 de dezembro, com opção de renovação por mais um ano.

Em sua primeira entrevista coletiva como treinador da equipe paulista, ele evitou entrar em polêmicas. Com um estilo político, o argentino evitou o choque com o comandante do grupo MSI, Kia Joorabchian. Uma discussão entre o empresário e o diretor Paulo Angioni teria sido a gota d'água para a demissão do técnico Tite, que não gostou da forma com que o seu trabalho foi cobrado.

"Não sei a quem se refere. Não entendo a pergunta. Eu não estive no vestiário neste dia. Não posso responder. Não creio que tenha sido para tanto a situação que aconteceu no outro dia no vestiário", despistou o treinador.

Joorabchian também procurou minimizar a polêmica acontecida com o episódio e partiu para o ataque. "Eu não falei com o Tite, mas com o Paulo Angioni. Acho que tudo foi muito exagerado. Não aconteceu nada", disse o empresário.

O primeiro treinamento de Passarella no Corinthians acontecerá nesta sexta-feira. O treinador, no entanto, não estará no banco de reservas na partida de sábado, contra o União São João, em Mogi Mirim.

Apesar de reconhecer que ainda precisa conhecer melhor o Corinthians e o que irá encontrar pela frente, o técnico admitiu que terá dificuldades no comando da equipe e espera sofrer pressão.

"Aceitei com muito prazer porque o Corinthians é uma grande equipe. Vai haver muita pressão, mas eu não tenho medo do desafio", disse o treinador. "Tenho 14 anos como treinador e me sinto capacitado a treinar o Corinthians", completou.

Ele também negou que irá implantar uma política de linha dura com os jogadores. Em 1998, Passarella, então técnico da seleção argentina, barrou o volante Redondo porque o jogador se negou a cortar seus cabelos.

"Vamos raspar os cabelos de todos", brincou, antes de falar sério. "Não, não teremos nenhuma discriminação a respeito", completou.

O argentino negou problemas em trabalhar com jogadores brasileiros e revelou que as conversas com o parceiro corintiano começaram em janeiro e que a primeira intenção era de que ele trabalhasse como consultor.

Passarella, no entanto, admitiu que terá dificuldades para comandar o Corinthians.

"Acho que o Brasil é um o lugar mais difícil do mundo para trabalhar. O Corinthians é uma das maiores equipes do Brasil com uma torcida muito grande, mas sempre gostei dos desafios difíceis", disse.

O treinador também descartou que a rivalidade histórica entre Brasil e Argentina possa atrapalhar o seu trabalho. No Corinthians, ele trabalhará com seus compatriotas Tevez, Sebastián e, após a Libertadores, Mascherano.

"A rivalidade entre Brasil e Argentina não irá interferir. Vou tratar todos os jogadores da mesma forma", prometeu.





Fonte: Terra

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