Governadores preocupados com arrecadação

Os quatro chefes de Executivos estaduais mostram-se preocupados com a queda na arrecadação. "Mês a mês, a arrecadação de Mato Grosso está sentindo o reflexo dessa crise pela qual passa o produtor rural e logo também será percebida pelo fisco federal", afirmou o governador Blairo Maggi (PPS), ao discursar no movimento ontem pelos produtores rurais e governadores, em Rio Verde. "Mas para o momento, acredito que foi conseguido até mais do que o esperado", completou.

Para governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto (PMDB), a prorrogação dos prazos dos financiamentos de investimentos é uma boa decisão. "Temos a necessidade também de recursos para a comercialização, mas é apenas um pedaço, apenas um parte de tudo aquilo que deve acontecer num setor primário", pondera. Ele lembra que o Rio Grande do Sul vive situação terrível com a estiagem. "Não é só o problema de preço perda na safra 04/05 é muito grande e vai crescer. Na soja ainda está sendo feito o levantamento, não está no período de colheita e está faltando chuva. A perda com a estiagem está crescendo. No milho é mais de 60%. Esta questão da estiagem tem que ter solução do governo federal. Além disso, meu estado produz 60% das máquinas e implementos agrícolas do Brasil. No momento em que o produtor está descapitalizado, não tem condições de comprar insumos, máquinas e implementos".

O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, afirma que adicionalmente às medidas apresentadas ontem, a Casa Civil e um grupo intermninisterial está estudando exclusivamente a questão da seca, alguns estados do Brasil, como o Rio Grande do Sul, mas também Paraná, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e até mesmo algumas regiões de Goiás que tiveram uma seca dramática com perdas de até 50%. Nestes casos medidas especiais serão tomadas e estão sendo avaliadas hoje pelo grupo da Casa Civil.