Vacina contra dengue ainda é desafio tecnológico

O secretário de Vigilância do Ministério da Saúde, Jarbas Barboza, informou nesta quarta-feira que existem dois tipos de vacinas sendo testadas pela rede de pesquisa brasileira e internacional para combater a dengue. No entanto, o secretário afirma que esse é um desafio tecnológico, já que a vacina teria que atingir igualmente os quatro diferentes sorotipos do vírus.

Enquanto a vacina não é possível, as campanhas continuam intensivas no período de janeiro a maio, meses em que a proliferação do mosquito é maior. Segundo Barboza, a vida moderna criou mecanismos favoráveis à contaminação: "Hoje, a pessoa produz 42 kg de lixo plástico por ano. Se a água limpa se acumular nesses materiais, há grandes chances do mosquito proliferar, explica.

De qualquer forma, o Programa Nacional de Controle superou as expectativas e, junto com a Secretaria de Vigilância em Saúde, reduziu em 69% os casos de dengue no país entre 2003 e 2004. O Estado do Rio de Janeiro, no entanto, é o que mais corre risco de nova epidemia devido ao clima tropical e a condição urbana, como morros, áreas de difícil acesso e problemas de armazenamento de água.