Custo da cesta básica sobe em 13 capitais, apura Dieese
As maiores altas de preços foram constatadas em Salvador (4,61%), Porto Alegre (4,01%), Vitória (3,63%), Aracaju (3,43%) e Rio de Janeiro (3,02%). As únicas capitais que registraram queda no período foram Fortaleza (0,23%), Brasília (0,3%) e Recife (1,15%). Segundo o Dieese, o preço do tomate subiu em 14 capitais – em sete delas, mais de 20% – e foi determinado "pelas fortes chuvas, seguidas de intenso calor". A maior elevação foi em Vitória, 38,52%.
O preço do café subiu em 12 capitais e o maior aumento foi registrado em Florianópolis (7,94%). Segundo o Dieese, a alta no mercado internacional se reflete no mercado interno e a tendência se manteve nos últimos 12 meses. Brasília teve a maior alta acumulada, de 15,22%.
As cestas básicas mais caras do país em fevereiro foram as de Porto Alegre (R$ 175,57), São Paulo (R$ 175,04) e Brasília (R$ 170,10). Os menores custos foram os de Fortaleza (R$ 124,91), Recife (R$ 130,79) e Salvador (R$ 133,74). O Dieese destaca que nas cidades nordestinas, a cesta é composta por 12 itens, contra 13 nas capitais que registraram as maiores elevações. A diferença entre o menor e o maior custo atingiu R$ 50,66.
De acordo com o Dieese, a inflação da cesta básica elevou o número de horas que precisam ser trabalhadas para ser adquirida, embora ela esteja ficando mais acessível ao longo do tempo. A base de referência é o salário mínimo. O total a trabalhar subiu de 126 horas e 35 minutos, em janeiro, para 128 horas de 50 minutos, em fevereiro. Há um ano, porém, o tempo de trabalho necessário era de 138 horas e 31 minutos.
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