Cresce 5% número de afrodescendentes nas universidades brasileiras
O fato é comemorado pela organização não-governamental (ong) Educafro, que atua em prol da educação e da cidadania. A ong diz esperar, no entanto, pelo aumento do número de estudantes negros nas universidades públicas. "A gente luta agora para a inclusão das instituições públicas de ensino porque precisam ter uma política de reserva de vagas para alunos da rede pública e afrodescendentes", afirma o assessor de Políticas Públicas e Ações Afirmativas da Educafro, Thiago Thobias.
Para o coordenador do Programa Universidade Para Todos (Prouni) do governo federal, Leonel Cunha, o acesso de alunos negros ao ensino superior se deve a dois programas: o Prouni e o Fies (Programa de Financiamento Estudantil). Cunha afirma que mais de 10 mil alunos negros entraram nas universidades por meio do financiamento. A este número deve se somar os mais de 46 mil alunos que ingressaram pelas cotas do Prouni.
"Estamos no caminho certo. Estamos corrigindo algumas desigualdades com relação à inclusão social. Vejo nisso um programa bastante importante", destacou Cunha.
O assessor da Educafro diz ainda que, embora 15 instituições públicas de ensino adotem políticas afirmativas por meio da reserva de vagas ou cota para negros, há universidades que apresentam "programas tímidos", e cita como exemplo a Universidade de São Paulo.
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