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Quarta - 02 de Março de 2005 às 22:07
Por: Gabriela Guerreiro

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Brasília - Com mais de duas horas de atraso, o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), recebeu há pouco a proposta de reforma sindical elaborada pelo governo federal em conjunto com centrais sindicais brasileiras. Os ministros da Coordenação Política, Aldo Rebelo, e do Trabalho, Ricardo Berzoini, esperaram no Congresso Nacional a chegada do presidente da Câmara, para que a entrega formal da proposta fosse efetivada. Centenas de sindicalistas lotam o auditório Nereu Ramos, na Câmara, para a cerimônia de entrega da proposta.

Bem-humorado, o ministro Aldo Rebelo demonstrou não estar incomodado com a demora: "O povo brasileiro às vezes tem que esperar muito mais, então eu tenho que ter paciência." Segundo Rebelo, a reforma sindical deve ser negociada com o Congresso para que seja aprovada. "Negociando e discutindo, é possível aprovar", ressaltou.

O ministro evitou comentar possíveis mudanças no primeiro escalão do governo, com a reforma ministerial prevista para ser anunciada pelo presidente Lula na semana que vem: " Quem fala de ministro é o presidente Lula."

Severino Cavalcanti demorou a chegar à Câmara porque esteve reunido desde o início da tarde, em sua residência oficial, com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Nelson Jobim, para discutir o reajuste salarial dos deputados. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também participou do encontro.

Depois da cerimônia de entrega da reforma sindical, Severino Cavalcanti discutirá a Lei de Biossegurança em audiência com o ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos, e o médico Drauzio Varella. A lei deve ser votada hoje pelo plenário da Câmara, depois da Medida Provisória 226, que tranca a pauta de votações da Casa.





Fonte: Agência Brasil

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