Firjan admite mudança no ritmo de crescimento para 2005
Esses números podem ser o indício de uma mudança de ritmo de crescimento, admitiu a economista, para quem o resultado do setor em 2005 deverá continuar positivo, mas o crescimento anualizado poderá ficar abaixo dos 5,8% registrados no ano passado. "A projeção é de crescimento menos significativo, principalmente porque se tem uma trajetória de juros crescente e a expectativa de que as taxas permaneçam por um bom tempo em nível elevado, além do atraso nas reformas que tendem a criar condições para um crescimento sustentado", acrescentou.
Na opinião de Luciana de Sá, "é preciso esperar um pouco mais para ver qual a perspectiva de manutenção desses juros altos, quanto tempo isso vai durar, qual será o efeito das outras variáveis que estão indo na direção contrária, tipo crédito e gasto público, que vêm segurando de alguma forma a demanda".
O mês de janeiro mostrou recuperação de alguns setores da indústria fluminense que haviam tido queda expressiva em dezembro, por causa da redução das exportações. Entre esses setores estão o metalúrgico e o químico. A economista estimou que em 2005, "se o crédito continuar se expandindo e também a gente continuar vendo o quadro de recuperação do poder de compra, poderá ser vista a redução dessas diferenças entre bens financiados, como bens de consumo duráveis e bens de capital, versus aqueles produtos que dependem mais de renda, entre os quais os bens semi e não-duráveis".
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