Produtor não quer esmola do Governo, diz Maggi
Recordou que foi graças à renegociação das dívidas resultantes do Plano Real que os agricultores tiveram condições de retormar o crescimento do setor. "Mato Grosso deu a resposta que o Brasil precisava ter, com um crecimento superior a 10% ao ano". Ele aproveitou para criticar ao governo federal, citando que os agricultores do Mato Grosso tiveram até mesmo de construir estradas e consertar as rodovias federais para garantir o escoamento de suas produções.
Blairo Maggi disse que o grande problema do Brasil hoje é a falta de uma política agrícola. "Precisamos urgentemente de uma política econômica que não sacrifique os produtores", enfatizou. O governador lembrou que o câmbio também prejudica os produtores. "Esses são os dois principais problemas, responsáveis pela derrocada da classe produtora, da derrocada de futuras safras de soja, milho, algodão e arroz."
Chamou a atenção para o fato de que, se hoje é a classe rural que passa por dificuldades, logo será a vez do setor industrial, a permanecer a atual política de juros altos e dólar em baixa. "Se os produtores não vão comprar máquinas agrícolas este ano, logo o setor industrial estará passando por dificuldades.
" ESMOLA - Blairo Maggi afirmou que nenhum produtor quer esmola do governo e muito menos ser chamado de caloteiro. "O movimento que se estende por todo o Brasil hoje é para uma solução imediata de caixa, para pagamento das dívidas de custeio", destacou.
Em seu discurso, ele fez questão de ler duas faixas estendidas no ginásio de esportes de Rio Verde, onde se concentraram os manifestantes. Numa delas estava escrito: "Política econômica sacrifica o produtor". A outra, que o governador disse que parecia mais real, dizia "Meirelles, defensor dos banqueiros", se referindo ao presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Segundo o governador do Mato Grosso, o câmbio continua a castigar o produtor brasileiro, ao causar prejuízos à categoria devido à baixa cotação da moeda americana.
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