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Para advogado de Saddam, EUA temem popularidade de ex-ditador
Os EUA podem estar limitando o acesso ao ex-presidente iraquiano Saddam Hussein com medo de que os comentários dele atraiam apoio no mundo árabe, disse na quarta-feira um advogado do ex-ditador.
Ziad Khasawneh, um jordaniano apontado como porta-voz da equipe de defesa de Saddam, disse em uma entrevista que não se deixaria abalar pelas críticas e pelos riscos envolvidos na defesa do ex-ditador, atualmente mantido em uma instalação norte-americana localizada perto do aeroporto de Bagdá.
"Tenho em meu escritório vários papéis me perguntando por que defendo o presidente Saddam", contou Khasawneh à Reuters, durante uma visita ao Japão a convite de um grupo de defesa dos direitos civis do país asiático.
Apesar de ele ter visto imagens de TV com homens mascarados advertindo-o para não viajar até o Iraque e de ter recebido ameaças via internet, Khasawneh afirmou não estar preocupado.
"Eles apontam para mim e para meu nome, especificamente. 'Se você vier, nós o mataremos.' Esse é o Iraque de hoje. Não há segurança", afirmou.
"Não me importo de morrer ou não. Tudo será feito segundo a vontade de Deus", disse, acrescentando não saber direito quando se iniciaria o julgamento de Saddam.
"Algumas vezes ouvimos que será daqui a uma semana, outras que será daqui a um mês. Outras que será no final de 2006. Ninguém sabe."
Os comentários do advogado surgem depois de homens armados terem assassinado um juiz do tribunal especial encarregado de julgar Saddam e seus assessores.
O juiz Barawiz Mahmoud e o filho dele, também um advogado, foram mortos quando saíam de casa, no bairro de Adhamiya, em Bagdá, na terça-feira, disseram autoridades do Ministério do Interior do Iraque.
O tribunal especial criado no Iraque disse na segunda-feira que cinco réus, entre os quais um meio-irmão de Saddam, seriam julgados em breve pela acusação de crimes contra a humanidade.
Khasawneh, nomeado pela mulher de Saddam, Sajida Khairallah, para defendê-lo, disse que as autoridades norte-americanas e iraquianas deveriam permitir aos advogados ter mais acesso a Saddam, que viu um membro da equipe de defesa apenas uma vez, em dezembro passado.
"Os advogados precisam vê-lo diariamente, semanalmente, mensalmente", afirmou Khasawneh.
No encontro de dezembro, Saddam apelou aos iraquianos que se unissem contra os EUA.
Ziad Khasawneh, um jordaniano apontado como porta-voz da equipe de defesa de Saddam, disse em uma entrevista que não se deixaria abalar pelas críticas e pelos riscos envolvidos na defesa do ex-ditador, atualmente mantido em uma instalação norte-americana localizada perto do aeroporto de Bagdá.
"Tenho em meu escritório vários papéis me perguntando por que defendo o presidente Saddam", contou Khasawneh à Reuters, durante uma visita ao Japão a convite de um grupo de defesa dos direitos civis do país asiático.
Apesar de ele ter visto imagens de TV com homens mascarados advertindo-o para não viajar até o Iraque e de ter recebido ameaças via internet, Khasawneh afirmou não estar preocupado.
"Eles apontam para mim e para meu nome, especificamente. 'Se você vier, nós o mataremos.' Esse é o Iraque de hoje. Não há segurança", afirmou.
"Não me importo de morrer ou não. Tudo será feito segundo a vontade de Deus", disse, acrescentando não saber direito quando se iniciaria o julgamento de Saddam.
"Algumas vezes ouvimos que será daqui a uma semana, outras que será daqui a um mês. Outras que será no final de 2006. Ninguém sabe."
Os comentários do advogado surgem depois de homens armados terem assassinado um juiz do tribunal especial encarregado de julgar Saddam e seus assessores.
O juiz Barawiz Mahmoud e o filho dele, também um advogado, foram mortos quando saíam de casa, no bairro de Adhamiya, em Bagdá, na terça-feira, disseram autoridades do Ministério do Interior do Iraque.
O tribunal especial criado no Iraque disse na segunda-feira que cinco réus, entre os quais um meio-irmão de Saddam, seriam julgados em breve pela acusação de crimes contra a humanidade.
Khasawneh, nomeado pela mulher de Saddam, Sajida Khairallah, para defendê-lo, disse que as autoridades norte-americanas e iraquianas deveriam permitir aos advogados ter mais acesso a Saddam, que viu um membro da equipe de defesa apenas uma vez, em dezembro passado.
"Os advogados precisam vê-lo diariamente, semanalmente, mensalmente", afirmou Khasawneh.
No encontro de dezembro, Saddam apelou aos iraquianos que se unissem contra os EUA.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/355828/visualizar/
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