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Esportes
Terça - 01 de Março de 2005 às 23:49

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O ex-presidente da Confederação Brasileira de Tênis, Nelson Nastás, rompeu o silêncio para esclarecer o que considera um complô do grupo do ex-presidente da entidade Walmor Elias - atualemte liderado por Jorge Lacerda Rosa - para retomar o poder depois de uma desastrosa administração no início dos anos 90.

Segundo Nastás, o grupo de Elias e Rosa armou a situação que gerou a investigação sobre sua administração e um processo de intervenção na CBT, que ainda poderá ser invalidado pela Justiça.

"Esse grupo deixou muitas dívidas para a CBT sem fontes de recursos para saná-las, quando assumi. Hoje há dívida e existem fontes para pagá-las, e eles jamais conseguiriam um espaço político no tênis se não houvesse armação", comentou.

O dirigente disse que sua administração foi muito benéfica para a entidade. Nastás afirmou ainda que nos anos de sua gestão o Brasil enviou equipes infanto-juvenis para todos os campeonatos sul-americanos e mundiais com todas as despesas pagas pela entidade.

Perguntado sobre o boicote dos jogadores da Copa Davis no ano passado, Nastás relembra que o Brasil foi rebaixado dentro da quadra ao perder para o Canadá em 2003, com uma surpreendente derrota de Gustavo Kuerten para Daniel Nestor que em 17 partidas disputadas na simples, só venceu esta contra Guga e mais uma.

"Na verdade, começamos a ser rebaixados na rodada anterior (contra a Suécia), quando o Acioly, inexplicavelmente, substituiu o André Sá, que havia jogado muito bem as partidas de simples e dupla, pelo Flávio Saretta; justamente no jogo que decidiria o confronto (Saretta perdeu por 3 sets a 0). Não deu para entender", relembrou.

Nastás contou ainda que o ambiente entre a equipe e o técnico estava muito ruim e a substituição por Jaime Oncins, embora fosse inevitável, foi usada também como desculpa para o boicote.

"O boicote foi muito conveniente. A premiação da segunda divisão é bem menos atraente e a motivação política para promover o grupo de Rosa e Walmor Elias ao poder ¿ que contava com o apoio da família Kuerten - foram razões reais para o boicote", completou.

Nastás disse estar preocupado com os rumos tomados pela administração Rosa que entrou em atrito com o principal patrocinador do esporte no País, o Banco do Brasil, não conseguiu renovar o contrato os direitos de tv que rendia cerca de R$ 100 mil mensais aos cofres da entidade e também não trouxe nenhuma nova de fonte de renda.





Fonte: JB Online

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