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Europa está mais bem preparada, mas ainda é vulnerável a ataques
A Europa está mais bem preparada contra ataques terroristas do que antes de 11 de março de 2004, mas há um "grau de vulnerabilidade" do qual podem se aproveitar seus autores, que ainda contam com a vantagem da surpresa, disse hoje o coordenador da luta contra o terrorismo da UE, Gijs De Vries.
Em uma entrevista à EFE, De Vries afirmou que a "comoção" causada pelos "terríveis" atentados de Madri, em que morreram 192 pessoas, serviu para que a luta contra o terrorismo passasse a ser um assunto prioritário na agenda dos líderes europeus.
Os Estados membros "intensificaram significativamente o trabalho da UE (União Européia)", iniciaram um "ambicioso plano de ação" e estabeleceram "claras prioridades" para trabalhar em sua aplicação.
"Estamos melhorando nossa defesa mas seguimos sendo vulneráveis", opinou De Vries, acrescentando que "os terroristas têm a vantagem da surpresa".
Por isso, afirmou que "se você quer se defender do terrorismo tem de se preparar para o inesperado e não podemos defender 450 milhões de pessoas 24 horas por dia".
"Não podemos baixar a guarda, não podemos reduzir nossa vigilância. Devemos continuar levando a sério a ameaça terrorista e fazê-lo a longo prazo", acrescentou o dirigente comunitário.
No entanto, De Vries ressaltou que desde 11 de março vários ataques foram impedidos e, no caso do ETA (grupo separatista basco), um grande golpe foi dado devido ao aumento da cooperação entre França e Espanha.
"Houve um número importante de sinais animadores" tanto dentro quanto fora da UE, entre os quais destacou a importância do fracasso do líder da Al Qaeda, Bin Laden, em seus esforços de convencer os muçulmanos a rejeitar a democracia.
"Ele (Bin Laden) fracassou na Indonésia, que é o maior estado muçulmano do mundo, onde foram realizados três turnos de eleições presidenciais e um parlamentar, todos de forma livre e limpa, o que mostra uma clara rejeição à mensagem" de Bin Laden.
Segundo De Vries, a mesma mensagem foi rejeitada por iraquianos e afegãos, que também compareceram às urnas, o que "demonstra o fracasso dos terroristas e o fato de que a democracia e o Islã são perfeitamente compatíveis".
"A estratégia da Al Qaeda de rejeição à democracia foi rejeitada pelos muçulmanos e agora os muçulmanos moderados são a chave para parar os radicais", afirmou o coordenador europeu, cujo cargo foi criado em março do ano passado após os atentados de Madri.
Segundo lamentou De Vries, há uma minoria de radicais que tentam derrotar "os esforços democráticos da maioria dos muçulmanos".
Por isso, a UE começou este ano um diálogo de cooperação com a Indonésia e há contatos com Marrocos e Argélia para ajudar a fortalecer sua defesa contra o terrorismo.
De Vries insistiu na necessidade de ajudar os países muçulmanos a combater o financiamento do terrorismo, construir unidades de inteligência e melhorar a proteção das fronteiras.
É evidente a necessidade de uma maior colaboração em nível e europeu e, embora a colaboração bilateral é a que dá resultados mais concretos, "também há coisas que os 25 (membros da UE) podem fazer", acrescentou.
O dirigente citou como exemplo a investigação sobre como terroristas recrutam voluntários pela Internet.
"Mas não estou ainda satisfeito, ainda resta muito trabalho a fazer em nível da UE e das autoridades nacionais", afirmou De Vries.
Todas estas questões serão analisadas na Cúpula Internacional sobre Democracia, Terrorismo e Segurança, que será realizada em Madri de 8 a 11 de março.
Em uma entrevista à EFE, De Vries afirmou que a "comoção" causada pelos "terríveis" atentados de Madri, em que morreram 192 pessoas, serviu para que a luta contra o terrorismo passasse a ser um assunto prioritário na agenda dos líderes europeus.
Os Estados membros "intensificaram significativamente o trabalho da UE (União Européia)", iniciaram um "ambicioso plano de ação" e estabeleceram "claras prioridades" para trabalhar em sua aplicação.
"Estamos melhorando nossa defesa mas seguimos sendo vulneráveis", opinou De Vries, acrescentando que "os terroristas têm a vantagem da surpresa".
Por isso, afirmou que "se você quer se defender do terrorismo tem de se preparar para o inesperado e não podemos defender 450 milhões de pessoas 24 horas por dia".
"Não podemos baixar a guarda, não podemos reduzir nossa vigilância. Devemos continuar levando a sério a ameaça terrorista e fazê-lo a longo prazo", acrescentou o dirigente comunitário.
No entanto, De Vries ressaltou que desde 11 de março vários ataques foram impedidos e, no caso do ETA (grupo separatista basco), um grande golpe foi dado devido ao aumento da cooperação entre França e Espanha.
"Houve um número importante de sinais animadores" tanto dentro quanto fora da UE, entre os quais destacou a importância do fracasso do líder da Al Qaeda, Bin Laden, em seus esforços de convencer os muçulmanos a rejeitar a democracia.
"Ele (Bin Laden) fracassou na Indonésia, que é o maior estado muçulmano do mundo, onde foram realizados três turnos de eleições presidenciais e um parlamentar, todos de forma livre e limpa, o que mostra uma clara rejeição à mensagem" de Bin Laden.
Segundo De Vries, a mesma mensagem foi rejeitada por iraquianos e afegãos, que também compareceram às urnas, o que "demonstra o fracasso dos terroristas e o fato de que a democracia e o Islã são perfeitamente compatíveis".
"A estratégia da Al Qaeda de rejeição à democracia foi rejeitada pelos muçulmanos e agora os muçulmanos moderados são a chave para parar os radicais", afirmou o coordenador europeu, cujo cargo foi criado em março do ano passado após os atentados de Madri.
Segundo lamentou De Vries, há uma minoria de radicais que tentam derrotar "os esforços democráticos da maioria dos muçulmanos".
Por isso, a UE começou este ano um diálogo de cooperação com a Indonésia e há contatos com Marrocos e Argélia para ajudar a fortalecer sua defesa contra o terrorismo.
De Vries insistiu na necessidade de ajudar os países muçulmanos a combater o financiamento do terrorismo, construir unidades de inteligência e melhorar a proteção das fronteiras.
É evidente a necessidade de uma maior colaboração em nível e europeu e, embora a colaboração bilateral é a que dá resultados mais concretos, "também há coisas que os 25 (membros da UE) podem fazer", acrescentou.
O dirigente citou como exemplo a investigação sobre como terroristas recrutam voluntários pela Internet.
"Mas não estou ainda satisfeito, ainda resta muito trabalho a fazer em nível da UE e das autoridades nacionais", afirmou De Vries.
Todas estas questões serão analisadas na Cúpula Internacional sobre Democracia, Terrorismo e Segurança, que será realizada em Madri de 8 a 11 de março.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/356041/visualizar/
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