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Hostilidade entre Venezuela e EUA é encarada só como barulho
Se você acreditar na guerra verbal, os Estados Unidos estão planejando assassinar o presidente venezuelano, que, segundo eles, estaria fomentando uma revolução inspirada em Cuba na América Latina, com armas russas.
A troca de acusações entre o presidente esquerdista da Venezuela, Hugo Chávez, e autoridades norte-americanas esquentou nas últimas semanas, e já é possível questionar se o relacionamento entre Washington e um de seus principais fornecedores de petróleo está ou não em perigo.
Mas, para muitos analistas, o pragmatismo vai prevalecer sobre a propaganda, já que os dois países têm muito a perder com a escalada das divergências políticas entre si.
Chávez disse no dia 20 de fevereiro que os EUA estavam planejando matá-lo, e três dias depois seu ministro das Relações Exteriores afirmou que as acusações norte-americanas contra Chávez indicavam um ataque iminente. Washington negou o que chamou de "loucas acusações" de Chávez.
"A retórica está piorando", disse à Reuters Jennifer McCoy, do Centro Carter, com sede nos EUA. "Mas não vejo um rompimento de relações ou o corte nas vendas de petróleo para os EUA."
A nova secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, classificou Chávez como uma "influência desestabilizadora" na América Latina.
Integrantes da administração do presidente George W. Bush pintam o ex-pára-quedista como uma ameaça autoritarista e condenam sua amizade com Fidel Castro.
Também renovaram as acusações de que Chávez, no poder desde 1998, dá guarita a rebeldes colombianos marxistas, e recentemente criticaram a Venezuela pela compra de fuzis automáticos russos.
Grande parte dos analistas encara a guerra verbal como voltada para as platéias domésticas, sem perigo às relações diplomáticas ou comerciais. Embora Chávez esteja explorando novos mercados para o petróleo, como a China, as empresas exploradoras norte-americanas continuam negociando grandes investimentos na Venezuela.
Para o comentarista venezuelano de origem cubana Fausto Maso, Chávez está adotando a mesma postura de "Davi contra Golias" utilizada por Fidel para aumentar o sentimento anti-EUA.
"Nosso Davi enche os bolsos negociando com seu Golias. Insultos são insultos, e negócio é negócio", escreveu Maso em sua coluna de jornal semanal.
Segundo Michael Shifter, do centro de estudos com sede em Washington Inter-American Dialogue, "na prática, nenhum dos dois lados pode romper o relacionamento entre eles no curto prazo".
Apesar das frequentes ameaças de Chávez de que o fornecimento de petróleo será cortado se qualquer coisa acontecer com ele, ou se forças dos EUA invadirem o país, o ministro das Relações Exteriores venezuelano, Ali Rodriguez, insiste que a Venezuela quer continuar a ser um fornecedor seguro para os EUA.
Mas os analistas acreditam que a guerra verbal vá continuar. Para McCoy, Chávez vai continuar a reforçar alianças com a China e a Rússia, e com países anti-EUA como o Irã, além de promover a unidade latino-americana contra os interesses norte-americanos.
A troca de acusações entre o presidente esquerdista da Venezuela, Hugo Chávez, e autoridades norte-americanas esquentou nas últimas semanas, e já é possível questionar se o relacionamento entre Washington e um de seus principais fornecedores de petróleo está ou não em perigo.
Mas, para muitos analistas, o pragmatismo vai prevalecer sobre a propaganda, já que os dois países têm muito a perder com a escalada das divergências políticas entre si.
Chávez disse no dia 20 de fevereiro que os EUA estavam planejando matá-lo, e três dias depois seu ministro das Relações Exteriores afirmou que as acusações norte-americanas contra Chávez indicavam um ataque iminente. Washington negou o que chamou de "loucas acusações" de Chávez.
"A retórica está piorando", disse à Reuters Jennifer McCoy, do Centro Carter, com sede nos EUA. "Mas não vejo um rompimento de relações ou o corte nas vendas de petróleo para os EUA."
A nova secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, classificou Chávez como uma "influência desestabilizadora" na América Latina.
Integrantes da administração do presidente George W. Bush pintam o ex-pára-quedista como uma ameaça autoritarista e condenam sua amizade com Fidel Castro.
Também renovaram as acusações de que Chávez, no poder desde 1998, dá guarita a rebeldes colombianos marxistas, e recentemente criticaram a Venezuela pela compra de fuzis automáticos russos.
Grande parte dos analistas encara a guerra verbal como voltada para as platéias domésticas, sem perigo às relações diplomáticas ou comerciais. Embora Chávez esteja explorando novos mercados para o petróleo, como a China, as empresas exploradoras norte-americanas continuam negociando grandes investimentos na Venezuela.
Para o comentarista venezuelano de origem cubana Fausto Maso, Chávez está adotando a mesma postura de "Davi contra Golias" utilizada por Fidel para aumentar o sentimento anti-EUA.
"Nosso Davi enche os bolsos negociando com seu Golias. Insultos são insultos, e negócio é negócio", escreveu Maso em sua coluna de jornal semanal.
Segundo Michael Shifter, do centro de estudos com sede em Washington Inter-American Dialogue, "na prática, nenhum dos dois lados pode romper o relacionamento entre eles no curto prazo".
Apesar das frequentes ameaças de Chávez de que o fornecimento de petróleo será cortado se qualquer coisa acontecer com ele, ou se forças dos EUA invadirem o país, o ministro das Relações Exteriores venezuelano, Ali Rodriguez, insiste que a Venezuela quer continuar a ser um fornecedor seguro para os EUA.
Mas os analistas acreditam que a guerra verbal vá continuar. Para McCoy, Chávez vai continuar a reforçar alianças com a China e a Rússia, e com países anti-EUA como o Irã, além de promover a unidade latino-americana contra os interesses norte-americanos.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/356044/visualizar/
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