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Terça - 01 de Março de 2005 às 16:25

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Santa Maria, Califórnia - Na abertura das exposições dos argumentos da acusação de da defesa no julgamento de Michael Jackson, o promotor Thomas Sneddon disse aos jurados que o astro pop embebedou sua vítima, além de expô-lo à pornografia, enquanto a defesa mostrou a mãe do acusador como uma aproveitadora esperando lucrar com a difamação do cantor.

Sneddon disse ontem que o garoto, agora com 15 anos, vai descrever ao júri suas experiências sexuais com Jackson e mostar que o rancho do cantor, Neverland (Terra do Nunca) é um lar diabólico. "O mundo particular de Michael Jackson vai mostrar que em vez de ler Peter Pan, ele mostra revistas com sexo explícito. (...) E em vez de dar biscoitos com leite, você bebe vinho, vodca e bourbon", ele disse.

Jackson, de 46 anos, ficou sentado sem se mover, com uma das mãos encostada na bochecha enquanto Sneddon fazia as acusações. Na primeira fileira da corte estava a mãe de Jackson, Katherine, sentada ao lado do filho Jermaine. Eles eram os únicos parentes de Jackson presentes.

Depois de cerca de três horas de exposição pelo promotor, o advogado de defesa do cantor, Thomas Mesereau Jr., foi ao ataque, dizendo que mãe do menino que acusa Jackson pediu dinheiro a muitas celebridades, dizendo que seu filho precisava de dinheiro para a quimioterapia. Na verdade, o seguro saúde do pai do menino cobria as despesas médicas.

O jornalista britânico Martin Bashir, que produziu o documentário Vivendo Com Michael Jackson, é esperado como a primeira testemunha da acusação, depois de Mesereau concluir sua exposição de abertura. Ele vai continuar sua declaração hoje. O vídeo, em que Jackson é visto de mãos dadas com o menino que o acusa e dizendo que ele permite que crianças durmam em sua cama, desencadeou uma avalanche de acusações que levaram ao atual processo.

Mesereau disse que a mãe do menino pediu dinheiro ao apresentador Jay Leno e que ele estava tão desconfiado que ligou para a polícia de Santa Bárbara para dizer que havia sido contatado e que "algo estava errado". A mãe também entrou em contato com o comediante George Lopez e um meteorologista da TV Los Angeles TV, que realizava eventos para angariar fundos para crianças, ele disse. Segundo Mesereau, celebridades como Mike Tyson e Jim Carrey ignoraram a família, mas Jackson foi muito simpático. "A celebridade mais vulnerável se tornou a marc, Michael Jackson", disse.

Sneddon disse que, na primeira visita da família ao rancho de Jackson, o cantor pediu ao menino dormisse em seu quarto. Em seguida, Jackson teria mostrado sites sites pornográficos para o garoto e seu filho, Prince Michael. Em buscas em Neverland, foram encontrados materiais de sexualidade explícita, como DVDs e revistas, além de jornais dos anos 1960 com imagens de crianças nuas e cartas dirigidas a "Michael" ou "Papai Michae", disse Sneddon. Algumas revistas tinham as digitais de Jackson, outras as do menino e de seu irmão, e uma tanto as de Jackson como as do acusador.

Antes das declarações de abertura, o juiz da Corte Superior Rodney S. Melville leu o documento de acusação ao júri, revelando pela primeira vez os nomes dos cinco supostos co-conspiradores do cantor, todos funcionários de Jackson, além de detalhes da acusação. O juiz também leu os 28 fatos manifestos supostamente cometidos na conspiração em torno do alegado abuso sexual do menino e na tentativa de manter a família do garoto presa.





Fonte: AE - AP

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