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Economia
Terça - 01 de Março de 2005 às 12:07
Por: Elzis Carvalho

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Apesar de a cultura do guaraná ralado fazer parte da tradição e dos costumes dos cuiabanos, o Estado ainda é dependente da produção amazonense.

A confecção do produto ainda não é feita em larga escala em Mato Grosso. A maioria da produção comercializada no Estado é feita pelos índios da região amazônica de forma rudimentar, ou seja, artesanal. A fabricação do bastão ainda é incipiente. A maioria do guaraná em bastão, por exemplo, é importado do Amazonas. Os mais tradicionais são os de cores escuras, que ficam cerca de 30 dias defumando.

Segundo o sócio-proprietário do Guaraná Maués em Cuiabá, Carlos Olsson, apesar de Mato Grosso ser produtor do guaraná ainda não há conhecimento técnico aprimorado para transformar o guaraná em bastão. “A produção se restringe ao pó de guaraná e na venda da semente seca e torrada. O processo ainda é artesanal.”

Carlos Olsson afirma que o guaraná tem importância significativa para a economia estadual. “É um produto muito caro. Na compra do produto no Estado do Amazonas pagamos 12% de ICMS, quando o guaraná chega em Mato Grosso o ICMS incidente é de 17%. Esses encargos encarecem o produto. Outro ponto que nos atrapalha é a economia informal. Não sou contra esse tipo de comércio, mas coloca em risco a credibilidade dos produtos comercializados de forma legal”, destacando a necessidade de uma política de produção.

Por outro lado, acrescenta Olsson, “existem muitas empresas clandestinas vivendo informalmente do guaraná. Eles não pagam impostos. Atrapalham quem está legalizado. Compromete a arrecadação tributária em relação à compra e a venda do produto. Este segmento está prostituindo o comércio de guaraná no Estado”.

Em Cuiabá e Várzea Grande, de acordo com Olsson, existem 17 lojas especializadas na venda do guaraná em bastão, ralado e xarope. Mas a venda não está restrita a elas. Os consumidores podem encontrar o produto à venda em supermercados, lojas de conveniência e farmácias. Os preços entre elas variam. Um pacote de 100g da semente ralada custa em média R$ 8. O bastão pequeno vale R$ 4 e o médio em torno de R$ 8. Já o litro do xarope do produto é de R$ 3,20.

A clientela que procura o guaraná, seja em bastão ou ralado, é muito eclética. São estudantes; donas de casa; atletas, motoristas de ônibus e de caminhão; empresários e pessoas da terceira idade. O campeão de venda é o ralado, que tem validade de dois anos, enquanto o de bastão a durabilidade é de cinco anos.

COMPOSIÇÃO DO GUARANÁ

Dados analíticos em 100 gramas de sementes torradas de guaraná: Componentes Grama % Cafeína 5,338 Óleo fixo de cor amarela 2,950 Resina vermelha 7,800 Principio corante vermelho 1,520 Principio amorfo 0,050 Saponina 0,060 Fibra-vegetal 49,125 Amido 9,350 Água 7,650 Pectina, ácido málico, mucilagem, dextrina, sais, etc. 7,470 Ácido guaraná tânico 5,.750




Fonte: Da Assessoria/AL

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