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Cidades/Geral
Terça - 01 de Março de 2005 às 06:51

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O superintendente estadual de Políticas Indígenas, Idevar Sardinha, enviou um relatório no qual registra toda a miserabilidade vivida em três aldeias de Campinápolis para o coordenador da Funasa, no final do ano passado. No documento, Sardinha informa que depois de percorrer algumas regiões verificou que a fome era um dos problemas persistentes na região e consequentemente, crianças e adultos sofriam risco de morte.

Além da alimentação, o superintendente reclama que a saúde e a educação são extremamente precárias e propõe que os órgãos façam parceria para tentar reverter o problema. "...no que se refere às situações constatadas em visita às aldeias Nossa Senhora Aparecida, Santíssima Trindade e Divina Providência, verificamos que há dificuldade para a alimentação básica, pois aquelas comunidades estão passando por um estado de calamidade e fome. Não há lavoura, nem roças", diz trecho do relato.

Mais à frente, Sardinha critica o desempenho da Funasa. "Também constatamos o abandono total no que se refere à saúde. A Funasa, a quem caberia a responsabilidade dessa função, não está se fazendo presente. Há mais de um ano que os índios não recebem visitas de equipes médicas".

Sardinha denuncia que entidades não governamentais que se apresentariam como pró-indigenas estariam se beneficiando das suas misérias para receber doações estrangeiras. (MO)




Fonte: A Gazeta

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