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Internacional
Segunda - 28 de Fevereiro de 2005 às 13:20
Por: Matt Spetalnick

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Israel lançou na segunda-feira uma ofensiva diplomática contra a Síria a fim de convencer a comunidade internacional da veracidade de suas acusações. O Estado judaico liga Damasco ao recente atentado suicida contra uma boate em Tel Aviv, que matou cinco israelenses. A campanha, cujo foco principal são os governos europeus e os países-membros do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), pretende aumentar a pressão sobre a Síria, já criticada pelos Estados Unidos após o assassinato do ex-premiê libanês Rafik al-Hariri, morto em um atentado a bomba em Beirute.

Israel espera que, ao oferecer a diplomatas estrangeiros alguns dados obtidos por seus serviços de inteligência sobre o atentado em Tel Aviv, encorajará uma discussão sobre as reformas no governo palestino em uma conferência em Londres. A conferência está marcada para iniciar-se na terça-feira.

Israel afirmou que líderes do grupo militante Jihad Islâmica, que vivem na Síria, deram a ordem para o atentado e que o governo sírio era, portanto, conivente com o crime.

O presidente da Síria, Bashar al-Assad, rebateu as acusações de Israel, classificando-as de um "ataque despropositado". Assad ainda negou qualquer participação de seu governo no ataque, que abalou a trégua declarada no dia 8 de fevereiro pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas, e pelo primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon.

"Estamos tentando mostrar, em todas as capitais do mundo, as ligações diretas entre a Síria e a Jihad Islâmica", afirmou Ron Prosor, diretor-geral do Ministério das Relações Exteriores de Israel.

Prosor e chefes dos serviços de inteligência israelenses reuniram-se com embaixadores estrangeiros em Jerusalém para apresentar seus argumentos. Eventos semelhantes devem acontecer em Washington, em Londres e em Paris.

Autoridades israelenses disseram estar oferecendo provas da cumplicidade síria no atentado, o primeiro dentro de Israel desde novembro. Não foram fornecidos maiores detalhes.

O vice-ministro de Defesa do Estado judaico, Zeev Boim, disse no domingo ser "possível" que Israel ataque a Síria.

Em entrevista ao jornal italiano La Repubblica, Assad afirmou acreditar na possibilidade de os EUA investirem contra seu país, mas que não considerava tal ataque iminente.

Depois do assassinato de Hariri, aumentou a pressão para que a Síria retire suas forças do Líbano.

(Reportagem adicional de Peter Griffiths em Londres e de Ori Lewis e Dan Williams em Jerusalém)





Fonte: Reuters

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