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ONU avalia situação da mulher dez anos após conferência de Pequim
A ONU fará um balanço da situação da mulher no mundo dez anos depois do compromisso alcançado em Pequim para avançar na igualdade e em meio às denúncias das contínuas violações de seus direitos. A violência, a discriminação e a falta de educação e de oportunidades de emprego para as mulheres estão entre os problemas ainda enfrentados pelos países membros das Nações Unidas, que a partir desta segunda-feira analisarão os avanços alcançados desde a adoção em 1995 da Plataforma de Ação, um marco global para acabar com a discriminação contra as mulheres.
Esse documento era básico para preencher os vazios em 12 esferas consideradas de especial preocupação, entre elas as de saúde, educação, emprego, participação política e direitos humanos. As discussões da próxima semana, nas quais vários países estarão representados pelas primeiras-damas e por ministras, terão como base relatórios feitos pelo secretário-geral da ONU, Kofi Annan, e pelo Banco Mundial.
O relatório de Annan ressalta que as mulheres ainda são as maiores vítimas do tráfico de pessoas e representam o segmento da população mais pobre em muitos países. Além disso, destaca-se que o número de mulheres afetadas pelo vírus da Aids está aumentando e que a taxa de mortalidade entre a população feminina continua sendo inaceitável.
Segundo Rachel Mayanja, assessora especial de Annan para temas da mulher, a análise mostra que foram obtidos avanços na maioria das regiões, mas em algumas áreas críticas "foram desiguais e muito lentos", além de existir uma brecha profunda entre a teoria e a prática. Os trabalhos serão desenvolvidos através de uma sessão plenária, onde cada governo apresentará as medidas tomadas e seus resultados; um diálogo em mesa-redonda, e em grupos de especialistas.
A isso se somarão atividades paralelas organizadas por várias organizações não-governamentais que há décadas lutam pela igualdade da mulher e que nesta conferência terão uma oportunidade de fazer ouvir sua voz.
Cerca de 6 mil grupos da sociedade civil se inscreveram para a reunião, que espera concluir com a adoção de um documento que reitere os compromissos adotados e insista para que sejam colocados em prática, explicou a presidente da Comissão da Condição da Mulher, Kyung-Wha Kang, que descarta a introdução de novas propostas. A ONU reconhece que as organizações civis foram fundamentais para impulsionar os direitos das mulheres e combater práticas como o estupro dentro do casamento ou dos chamados "crimes de honra", existentes, segundo a "Equality Now", no Haiti e na Síria.
Esta organização colocou em funcionamento uma campanha sob o lema de "Igualdade sob a lei", por considerar que sem ela as mulheres "não têm recursos frente à discriminação que afeta cada aspecto de suas vidas, incluindo a segurança, a integridade física, a vida familiar, o status social, e as perspectivas políticas, econômicas e sociais". Esta e outras organizações denunciam as leis discriminatórias de muitos países, como as de "obediência da esposa" vigentes no Sudão e no Iêmen, ou o código penal da Nigéria, que permite ao marido usar a violência para castigar a mulher quando não implicar um dano grave como a perda de visão, do ouvido, da fala ou uma desfiguração facial.
Os debates acontecerão dentro do 49º período de sessões da Comissão da Condição Jurídica e Social da Mulher, conhecidos popularmente como "Pequim+10". Entre as participantes estarão a primeira-dama do México, Marta Sahagún de Fox; a ministra para Assuntos da Mulher do Chile, Cecilia Pérez; e a secretária-geral de Políticas da Igualdade da Espanha, Soledad Murillo de la Vega.
Esse documento era básico para preencher os vazios em 12 esferas consideradas de especial preocupação, entre elas as de saúde, educação, emprego, participação política e direitos humanos. As discussões da próxima semana, nas quais vários países estarão representados pelas primeiras-damas e por ministras, terão como base relatórios feitos pelo secretário-geral da ONU, Kofi Annan, e pelo Banco Mundial.
O relatório de Annan ressalta que as mulheres ainda são as maiores vítimas do tráfico de pessoas e representam o segmento da população mais pobre em muitos países. Além disso, destaca-se que o número de mulheres afetadas pelo vírus da Aids está aumentando e que a taxa de mortalidade entre a população feminina continua sendo inaceitável.
Segundo Rachel Mayanja, assessora especial de Annan para temas da mulher, a análise mostra que foram obtidos avanços na maioria das regiões, mas em algumas áreas críticas "foram desiguais e muito lentos", além de existir uma brecha profunda entre a teoria e a prática. Os trabalhos serão desenvolvidos através de uma sessão plenária, onde cada governo apresentará as medidas tomadas e seus resultados; um diálogo em mesa-redonda, e em grupos de especialistas.
A isso se somarão atividades paralelas organizadas por várias organizações não-governamentais que há décadas lutam pela igualdade da mulher e que nesta conferência terão uma oportunidade de fazer ouvir sua voz.
Cerca de 6 mil grupos da sociedade civil se inscreveram para a reunião, que espera concluir com a adoção de um documento que reitere os compromissos adotados e insista para que sejam colocados em prática, explicou a presidente da Comissão da Condição da Mulher, Kyung-Wha Kang, que descarta a introdução de novas propostas. A ONU reconhece que as organizações civis foram fundamentais para impulsionar os direitos das mulheres e combater práticas como o estupro dentro do casamento ou dos chamados "crimes de honra", existentes, segundo a "Equality Now", no Haiti e na Síria.
Esta organização colocou em funcionamento uma campanha sob o lema de "Igualdade sob a lei", por considerar que sem ela as mulheres "não têm recursos frente à discriminação que afeta cada aspecto de suas vidas, incluindo a segurança, a integridade física, a vida familiar, o status social, e as perspectivas políticas, econômicas e sociais". Esta e outras organizações denunciam as leis discriminatórias de muitos países, como as de "obediência da esposa" vigentes no Sudão e no Iêmen, ou o código penal da Nigéria, que permite ao marido usar a violência para castigar a mulher quando não implicar um dano grave como a perda de visão, do ouvido, da fala ou uma desfiguração facial.
Os debates acontecerão dentro do 49º período de sessões da Comissão da Condição Jurídica e Social da Mulher, conhecidos popularmente como "Pequim+10". Entre as participantes estarão a primeira-dama do México, Marta Sahagún de Fox; a ministra para Assuntos da Mulher do Chile, Cecilia Pérez; e a secretária-geral de Políticas da Igualdade da Espanha, Soledad Murillo de la Vega.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/356495/visualizar/
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