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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Segunda - 28 de Fevereiro de 2005 às 13:04

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O governo americano pretende dar início neste ano a transmissões de TV via satélite em árabe para a Europa, em uma nova escalada na guerra de informações que trava contra o extremismo islâmico, disseram autoridades. Três anos e meio depois de militantes na Alemanha terem participado dos ataques de 11 de setembro de 2001, o canal de TV Alhurra, com apoio dos Estados Unidos, pretende transmitir, 24 horas por dia, programas para as comunidades muçulmanas na Europa.

A França e a Alemanha, que possuem as maiores comunidades muçulmanas da Europa ocidental, seriam um alvo privilegiado para programas de notícias e de atualidades voltados à promoção de valores como a liberdade de expressão e o debate aberto, disseram autoridades. "Os seqüestradores do 11 de setembro vieram, em grande parte, da Europa. É uma falha nossa o fato de não estarmos transmitindo programas em árabe para a Europa", disse Kenneth Tomlinson, presidente da agência americana encarregada da divulgação de canais de TV e rádio no exterior.

As transmissões, que não chegariam à Rússia, também pretendem competir com o canal de TV Al-Jazeera, com sede do Catar e acusada, pelos EUA, de ser antiamericana. "A razão de estarmos (na Europa) é a mesma razão de estarmos no Oriente Médio: oferecer uma perspectiva diferente da América e do mundo", disse Norman Pattiz, que dirige a comissão da agência para o Oriente Médio.

Os custos iniciais do projeto de US$ 3,5 milhões seriam pagos com dinheiro do orçamento complementar de US$ 81 bilhões pedido pelo presidente americano, George W. Bush, para as operações militares no Iraque. Se o Congresso dos EUA aprovar o pedido, conforme se prevê, a Alhurra pode começar a transmitir seus programas nas próximas semanas. Estima-se que haja cerca de 11 milhões de muçulmanos na Europa atualmente.

O governo Bush vê nos canais de TV por satélite um instrumento para alimentar a boa vontade em relação aos EUA, profundamente impopulares no mundo islâmico devido à forma como reagiram aos ataques de 11 de setembro.





Fonte: Reuters

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