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Juiz proíbe jovens de jogar na rua
Quem nunca jogou bola na rua? Certamente poucas pessoas responderiam negativamente a essa indagação. Mas essa paixão nacional, que explode na infância e se estende por décadas independente da idade, ou até que a resistência física permita, desde o dia 16 deste mês está proibida num trecho da rua Bahia, entre as ruas Paraná e Amapá, no bairro CPA II, em Cuiabá.
Por decisão do juiz Mário Roberto Kono, do Juizado Especial Criminal de Cuiabá, os estudantes Helton Pereira da Silva, 23, Heber Samir Pereira da Silva, 25, o adolescente E.R.C.,17, e dezenas de outros adolescentes da região não poderão jogar bola nessa rua.
Kono atendeu a um pedido da professora aposentada Maria de Lourdes Amaral dos Santos, de 74 anos, que move ação no juizado contra a prática de futebol na rua onde mora. No local em questão aconteciam partidas de futebol entre grupos de jovens quase todos os dias. Era o ponto de encontro da rapaziada nos finais de tarde, durante a semana, e aos sábados e domingos.
Segundo o estudante de enfermagem da UFMT, Helton Silva, o trecho foi escolhido levando em consideração as características do pavimento. “É uma rua plana, com asfalto liso, sem cascalho solto, boa para jogar”, argumenta ele. As partidas de futebol eram tão constantes que levaram os adolescentes a fazer a demarcação fixa de uma quadra de futebol no asfalto.
A proibição deixou os jovens indignados. “Nasci aqui, jogo nessa rua com meus amigos desde a minha infância”, reclamou Helton, que prometeu recorrer da decisão. “Onde já se viu não poder jogar bola na rua?”, indagou.
A suspensão do futebol na rua deveria ser uma medida amigável, registrada num termo de conciliação, procedimento comum nos juizados especiais. Mas como os jovens discordaram, o juiz a determinou liminarmente. Mas os irmãos Helton e Heber contrataram um advogado para recorrer da proibição.
Como moram numa região onde há diversos mini-estádios, ginásios e centros esportivos, os jovens poderiam usar esses espaços públicos, não fosse a cobrança de taxas. No mini-estádio mais próximo, a menos de 800 metros da rua onde o futebol está proibido, por uma hora de jogo de bola está sendo cobrada uma taxa de R$ 40. Já no ginásio Verdinho, no CPA I, essa taxa subiria para R$ 50. Além de discorda
r da cobrança, Helton, que é universitário, seu irmão Heber, que faz cursinho pré-vestibular, e outros jovens do bairro reclamam que não têm dinheiro para pagar.
A professora aposentada, Maria de Lourdes, disse que levou o caso à justiça porque não suportava mais o barulho e as bolas caindo no quintal da casa dela. “Eles também falam muitos palavrões”, disse ela. A professora argumentou ainda que está com a saúde abalada desde a morte do marido.
Já os jovens apaixonados por futebol consideram exagerada a queixa da vizinha. E retrucam: ”Ela xinga muito mais quando a gente pede de volta a bola que caiu no quintal dela”.
No entendimento de Helton e seus amigos, ao assegurar o direito da cidadã que reclamou, a justiça acabou ferindo o direito dos demais moradores da rua.
Por decisão do juiz Mário Roberto Kono, do Juizado Especial Criminal de Cuiabá, os estudantes Helton Pereira da Silva, 23, Heber Samir Pereira da Silva, 25, o adolescente E.R.C.,17, e dezenas de outros adolescentes da região não poderão jogar bola nessa rua.
Kono atendeu a um pedido da professora aposentada Maria de Lourdes Amaral dos Santos, de 74 anos, que move ação no juizado contra a prática de futebol na rua onde mora. No local em questão aconteciam partidas de futebol entre grupos de jovens quase todos os dias. Era o ponto de encontro da rapaziada nos finais de tarde, durante a semana, e aos sábados e domingos.
Segundo o estudante de enfermagem da UFMT, Helton Silva, o trecho foi escolhido levando em consideração as características do pavimento. “É uma rua plana, com asfalto liso, sem cascalho solto, boa para jogar”, argumenta ele. As partidas de futebol eram tão constantes que levaram os adolescentes a fazer a demarcação fixa de uma quadra de futebol no asfalto.
A proibição deixou os jovens indignados. “Nasci aqui, jogo nessa rua com meus amigos desde a minha infância”, reclamou Helton, que prometeu recorrer da decisão. “Onde já se viu não poder jogar bola na rua?”, indagou.
A suspensão do futebol na rua deveria ser uma medida amigável, registrada num termo de conciliação, procedimento comum nos juizados especiais. Mas como os jovens discordaram, o juiz a determinou liminarmente. Mas os irmãos Helton e Heber contrataram um advogado para recorrer da proibição.
Como moram numa região onde há diversos mini-estádios, ginásios e centros esportivos, os jovens poderiam usar esses espaços públicos, não fosse a cobrança de taxas. No mini-estádio mais próximo, a menos de 800 metros da rua onde o futebol está proibido, por uma hora de jogo de bola está sendo cobrada uma taxa de R$ 40. Já no ginásio Verdinho, no CPA I, essa taxa subiria para R$ 50. Além de discorda
r da cobrança, Helton, que é universitário, seu irmão Heber, que faz cursinho pré-vestibular, e outros jovens do bairro reclamam que não têm dinheiro para pagar.
A professora aposentada, Maria de Lourdes, disse que levou o caso à justiça porque não suportava mais o barulho e as bolas caindo no quintal da casa dela. “Eles também falam muitos palavrões”, disse ela. A professora argumentou ainda que está com a saúde abalada desde a morte do marido.
Já os jovens apaixonados por futebol consideram exagerada a queixa da vizinha. E retrucam: ”Ela xinga muito mais quando a gente pede de volta a bola que caiu no quintal dela”.
No entendimento de Helton e seus amigos, ao assegurar o direito da cidadã que reclamou, a justiça acabou ferindo o direito dos demais moradores da rua.
Fonte:
Diário de Cuiabá
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