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Repórter News - reporternews.com.br
Educação/Vestibular
Domingo - 27 de Fevereiro de 2005 às 20:10

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Até 1999, a maioria dos estudantes brasileiros portadores de deficiência visual não tinha acesso a livros didáticos, já que eram raras as obras adaptadas. Livros didáticos em braile estavam disponíveis apenas em alguns locais do país, como no Instituto Benjamin Constant, no Rio de Janeiro. A partir de então, o Ministério da Educação passou a implementar ações para atender esses alunos.

A experiência começou com a transcrição de 20 títulos de livros didáticos, distribuídos em meio magnético para todos os centros de apoio. Em 2000, foram entregues 90 títulos de obras da 1ª à 4ª séries, beneficiando 543 estudantes em 350 escolas públicas. O grande salto foi em 2003, quando a Secretaria de Educação Especial firmou convênio com a Fundação Dorina Nowill para que a instituição produzisse livros em braile junto com o Instituto Benjamin Constant. Com a medida, foram transcritos 128 títulos e produzidos 6.924 livros da 1ª à 8ª série, elevando o número de beneficiados para 3.717.

O programa do livro em braile foi ampliado, com a inclusão de obras paradidáticas da coleção Literatura em Minha Casa, do Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE), composta por 70 títulos. Outro avanço foi a localização dos alunos portadores de deficiência visual feita pelo censo escolar de 2004, realizado pelo Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC). "A partir desses dados, poderemos planejar de forma mais eficiente tanto a produção quanto a distribuição dos livros em braile", afirma Daniel Balaban, diretor de Ações Educacionais do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, responsável pelos programas do livro.

Os deficientes visuais não foram os únicos portadores de necessidades educacionais especiais beneficiados pelos programas do livro. Em 2004, foi instituído o atendimento aos alunos da educação especial das redes pública e privada definidas pelo censo escolar. Na rede privada, recebem livros os portadores de necessidades educacionais especiais das escolas filantrópicas e comunitárias.





Fonte: Agência Brasil

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