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Príncipe visita o Candeal e se encanta com o som da Timbalada
Princípe don Felipe de Borbón e a princesa Letizia Ortiz foram ciceroneados no Candeal por Carlinhos Brown
No momento mais descontraído e informal da visita dos príncipe de Astúrias a Salvador, don Felipe de Borbón não resistiu ao som da Timbalada, deixou de lado a fleuma monárquica, e chegou a arriscar alguns gestos semelhantes a uma dança e um discreto jogo de pernas na cadência da batucada. Durante o lançamento da pedra fundamental da creche Virgen de La Almudena, no Candyall Guetho Square, no final da manhã de ontem, ele e a princesa Letizia Ortiz foram cercados por crianças que serão atendidas pela unidade. A situação mais inusitada foi um garoto ter furado o bloqueio da segurança para entregar uma máquina e pedir para o príncipe fotografá-lo ao lado de Letizia. Primeiro, don Felipe se mostrou incrédulo, mas em seguida cedeu ao pedido com um sorriso.
A solenidade ganhou a sonoridade e a descontração de um show, por causa da participação de 70 timbaleiros, dez dançarinos e a cantoria de Carlinhos Brown, Ninha e Margareth Menezes. Os artistas ficaram por 15 minutos ininterruptamente cantando músicas de forte ligação com o candomblé, como Dandalunda e uma oração a Obaluaê. O casal também conheceu a escola de música Pracatum. Os sons da sirene da escolta da comitiva real tocaram no Candeal às 9h55, com 25 minutos de atraso. Sob um forte calor, Felipe de Borbón e Letizia Ortiz foram recepcionados pela rezadeira Maria Gorda, que usou um galho de arruda para "afastar o mau olhado e abrir caminhos". Carlinhos Brown conduziu os dois para perto do grupo de timbaleiros e regeu os primeiros batuques.
O grupo percorreu algumas ruelas do bairro, seguindo a mãe-de-santo Maiamba, 88 anos, o mestre Caramba e dona Nitinha, membros do terreiro Mutuissara. A imagem do cortejo, acompanhado pelos percussionistas, terminou se aproximando de um bloco que integrava o casal real, políticos, jornalistas e agentes de segurança. O público era formado pelos moradores do lugar, que saíam das casas para ver os convidados espanhóis e rapidamente identificavam Felipe de Borbón, com quase dois metros de altura. O povo acenava com bandeirinhas do Brasil, da Espanha e da Bahia e recebia em troca sorrisos estrangeiros.
Empolgação - Antes de chegarem na Escola Pracatum, os príncipes de Astúrias foram saudados por dez clarins que, mesmo sob um sol causticante, vestiam smoking preto. Empolgado com a presença dos membros da Coroa, Carlinhos Brown declarou que estava ali fazendo o papel de divulgar os projetos sociais realizados no Candeal para o mundo. "Pela primeira vez, recebemos príncipes, mas aqui no bairro sempre houve uma dinastia. Não temos riqueza e nem pompa, mas muito trabalho a mostrar", comparou Brown. Perguntado se ele seria o rei da monarquia do Candeal, optou pela discrição. "Sou apenas um súdito. O rei aqui é Ogum", respondeu.
Na saída da escola Pracatum, o príncipe das Astúrias foi abordado pela professora universitária Maria Goreti de Macedo Campela. Ela mostrou uma prova respondida por ele, 25 anos atrás, quando estudava o secundário em Madri. Maria Goreti tinha sido convidada para fazer um curso de especialização para professores de espanhol e terminou aplicando a prova ao príncipe, então com 12 anos, estudando no que seria a 7ª série no Brasil. "Guardei aquela prova porque foi motivo de muito orgulho", disse ela, mostrando os papéis já amarelados com a assinatura do aluno ilustre. Surpreendido, o herdeiro do trono espanhol chamou a mulher Letizia para ver o documento.
Antes de entrar no Candyall Guetho Square, o casal real assistiu a uma roda de capoeira. Na casa de shows, Don Felipe ganhou de Brown um timbau verde e duas guias de orixás - parecidas com as do Filhos de Gandhy -, que colocou logo no pescoço. Dona Letizia foi presenteada com um vestido rosa. Em um discurso feito em portunhol, o cantor pediu a bênção aos mais antigos a agradeceu o financiamento para a construção da creche ("guarderia", em espanhol). Brown disse que a escolha do nome (Virgem de la Almudena) tinha sido feita por ele como forma de homenagear o povo espanhol.
As 200 crianças que vão ser atendidas pela creche se espalharam pelo local e produziram cenas de total espontaneidade. Gritaram "Letícia, Letícia", provocando sorrisos da princesa. Um dos garotos chegou a dizer que a jornalista, casada com don Felipe desde o ano passado, "parecia de diamante". Impulsionada pela música e pelas demonstrações de carinho, a princesa pediu que mais crianças se aproximassem, abraçou algumas e conversou em espanhol. "Para mim, ela falou que gostava muito daqui", revelou Carlos Oliveira de Jesus, 11 anos.
Casal se interessa por patrimônio histórico
Em uma passagem de 40 minutos pelo prédio da antiga faculdade de Medicina, o príncipe deAstúrias foi recepcionados pelos Filhos de Gandhy, ouviram uma apresentação do coral da Escola Oficina Salvador e conheceram as obras de recuperação do imóvel histórico. Sem demonstrar cansaço, depois de quase duas horas sob o sol no evento anterior, no Candeal, Felipe de Borbón e Letizia Ortiz tiraram fotos com os operários e demonstrariam interesse pelo patrimônio histórico e arquitetônico do lugar.
A chegada ao Terreiro de Jesus foi ao meio-dia, com a saudação ao som de berimbaus e atabaques feita por integrantes do afoxé mais famoso da Bahia. Recebido pelo reitor da Universidade Federal da Bahia, Naomar Almeida, os príncipes conheceram um pouco do trabalho social da escola, que desde 1997 recebe o apoio do governo espanhol, através da Agência Espanhola de Cooperação Internacional. O projeto já atendeu 441 jovens e 181 concluíram o aprendizado de 24 meses, que pode ser feito em sete ramos de atividade da construção civil, como pintura, carpintaria, marcenaria, estuque.
A própria restauração da Faculdade de Medicina é feita por alunos da EOS e precisa de recursos para prosseguir com a fase final das obras. O reitor Naomar Almeida demonstrou a expectativa de que a visita sensibilize para a necessidade de novas parcerias. O casal percorreu os trechos já recuperados e o canteiro de obras. Na saída, a facção do Gandhy fez uma nova reverência.
A comitiva embarca na manhã de hoje na Base Aérea de Salvador. O próximo destino do avião da Força Aérea Espanhola é Montevidéu, onde o casal real vai participar da solenidade de posse do presidente uruguaio Tabaré Vasquez, no dia 1º de março.
Caravana de turistas acompanha programação
Uma caravana formada por 55 jovens turistas espanhóis se infiltrou na visita dos príncipes das Astúrias ao Candeal e deu um toque nacionalista ao evento. Estudantes do último ano do curso de direito e economia, da Universidade Carlos III, em Madri, eles organizaram a viagem para a Bahia como forma de confraternização antes da formatura. O retorno para a Espanha está marcado para a próxima quarta-feira.
Quase todos com 23 anos, os universitários chegaram cedo ao Candeal, equipados com máquinas fotográficas digitais e cheios de ansiedade para ver o casal real. "Em nosso país, os dois são muito queridos", revelou Zinnia Quirós. Na chegada do casal, todos eles ensaiaram um coro como se estivessem nas arquibancadas do Santiago Bernabeu, o estádio do Real Madri: "Família real... visita Candeal", gritaram com um forte sotaque e muito bom humor.
Durante o cortejo ao som da Timbalada, teve gente que não resistiu a uma roda de capoeira e outros só estavam ocupados em fotografar tudo o que era permitido. Willy Abril e Paz Quesada driblaram a dificuldade do idioma para interrogar crianças sobre o modo de vida na comunidade carente. A conversa terminou em um assunto comum aos dois povos: o futebol e as jogadas de Ronaldo, Roberto Carlos e Ronaldinho.
No final da visita, com todos suados e queimados de sol, a animação parecia com a de início de festa. "Ainda tem a tarde toda para aproveitar en la playa", explicou Patricia Fernandez.
Viagem estratégica
É quase um consenso entre os 19 jornalistas espanhóis que acompanham os príncipes das Astúrias que a viagem para o Brasil tem uma grande importância política e comercial para os dois países. Os profissionais da imprensa reconheceram que pode ser o início de viagens oficiais anuais para estreitar os laços entre as nações.
"Essa viagem foi programada para chegar em cidades de importância bem definidas. Brasília representou a proximidade das relações políticas e institucionais e São Paulo responde pelas relações econômicas. Salvador é a capital que representa as questões culturais e sociais entre os dois países", sugere Luiz Manuel Fernandez Iglesias, da Rádio Nacional, de Madri.
O anúncio de que vão ser construídos pelos menos oito Institutos Cervantes em cidades brasileiras para o ensino de espanhol é a prova dessa aproximação diplomática. Com isso, os "periodistas" garantem que o Brasil terá o maior número de entidades desse tipo fora do território espanhol.
"Esta é um relação importante porque a Espanha compra muitos produtos brasileiros", opina a jornalista Carmen Tabar, da Agência Éfe. "Agora, a tendência é de que médias e pequenas empresas também entrem nessa rota de exportação", aposta ela. Sobre a viagem específica da Bahia, ela disse que vai noticiar em seu país a recepção calorosa que o casal recebeu. "Os baianos valorizaram a presença dos príncipes. Mostraram-se encantados com a realeza", observou Tabar.
A embaixada espanhola cadastrou para a viagem jornalistas de veículos como as revistas Hola e Semana (das mais influentes do país) e Televisión Española, onde a princesa Letizia já trabalhou. A repórter Almudena Martinez, do Diário ABC, ficou impressionada com o trabalho social realizado no Candeal, com recursos financiados pela Agência Espanhola de Cooperação Internacional. O prestígio de Carlinhos Brown no país ibérico também foi destacado, principalmente depois da participação dele no Fórum Mundial de Barcelona.
No momento mais descontraído e informal da visita dos príncipe de Astúrias a Salvador, don Felipe de Borbón não resistiu ao som da Timbalada, deixou de lado a fleuma monárquica, e chegou a arriscar alguns gestos semelhantes a uma dança e um discreto jogo de pernas na cadência da batucada. Durante o lançamento da pedra fundamental da creche Virgen de La Almudena, no Candyall Guetho Square, no final da manhã de ontem, ele e a princesa Letizia Ortiz foram cercados por crianças que serão atendidas pela unidade. A situação mais inusitada foi um garoto ter furado o bloqueio da segurança para entregar uma máquina e pedir para o príncipe fotografá-lo ao lado de Letizia. Primeiro, don Felipe se mostrou incrédulo, mas em seguida cedeu ao pedido com um sorriso.
A solenidade ganhou a sonoridade e a descontração de um show, por causa da participação de 70 timbaleiros, dez dançarinos e a cantoria de Carlinhos Brown, Ninha e Margareth Menezes. Os artistas ficaram por 15 minutos ininterruptamente cantando músicas de forte ligação com o candomblé, como Dandalunda e uma oração a Obaluaê. O casal também conheceu a escola de música Pracatum. Os sons da sirene da escolta da comitiva real tocaram no Candeal às 9h55, com 25 minutos de atraso. Sob um forte calor, Felipe de Borbón e Letizia Ortiz foram recepcionados pela rezadeira Maria Gorda, que usou um galho de arruda para "afastar o mau olhado e abrir caminhos". Carlinhos Brown conduziu os dois para perto do grupo de timbaleiros e regeu os primeiros batuques.
O grupo percorreu algumas ruelas do bairro, seguindo a mãe-de-santo Maiamba, 88 anos, o mestre Caramba e dona Nitinha, membros do terreiro Mutuissara. A imagem do cortejo, acompanhado pelos percussionistas, terminou se aproximando de um bloco que integrava o casal real, políticos, jornalistas e agentes de segurança. O público era formado pelos moradores do lugar, que saíam das casas para ver os convidados espanhóis e rapidamente identificavam Felipe de Borbón, com quase dois metros de altura. O povo acenava com bandeirinhas do Brasil, da Espanha e da Bahia e recebia em troca sorrisos estrangeiros.
Empolgação - Antes de chegarem na Escola Pracatum, os príncipes de Astúrias foram saudados por dez clarins que, mesmo sob um sol causticante, vestiam smoking preto. Empolgado com a presença dos membros da Coroa, Carlinhos Brown declarou que estava ali fazendo o papel de divulgar os projetos sociais realizados no Candeal para o mundo. "Pela primeira vez, recebemos príncipes, mas aqui no bairro sempre houve uma dinastia. Não temos riqueza e nem pompa, mas muito trabalho a mostrar", comparou Brown. Perguntado se ele seria o rei da monarquia do Candeal, optou pela discrição. "Sou apenas um súdito. O rei aqui é Ogum", respondeu.
Na saída da escola Pracatum, o príncipe das Astúrias foi abordado pela professora universitária Maria Goreti de Macedo Campela. Ela mostrou uma prova respondida por ele, 25 anos atrás, quando estudava o secundário em Madri. Maria Goreti tinha sido convidada para fazer um curso de especialização para professores de espanhol e terminou aplicando a prova ao príncipe, então com 12 anos, estudando no que seria a 7ª série no Brasil. "Guardei aquela prova porque foi motivo de muito orgulho", disse ela, mostrando os papéis já amarelados com a assinatura do aluno ilustre. Surpreendido, o herdeiro do trono espanhol chamou a mulher Letizia para ver o documento.
Antes de entrar no Candyall Guetho Square, o casal real assistiu a uma roda de capoeira. Na casa de shows, Don Felipe ganhou de Brown um timbau verde e duas guias de orixás - parecidas com as do Filhos de Gandhy -, que colocou logo no pescoço. Dona Letizia foi presenteada com um vestido rosa. Em um discurso feito em portunhol, o cantor pediu a bênção aos mais antigos a agradeceu o financiamento para a construção da creche ("guarderia", em espanhol). Brown disse que a escolha do nome (Virgem de la Almudena) tinha sido feita por ele como forma de homenagear o povo espanhol.
As 200 crianças que vão ser atendidas pela creche se espalharam pelo local e produziram cenas de total espontaneidade. Gritaram "Letícia, Letícia", provocando sorrisos da princesa. Um dos garotos chegou a dizer que a jornalista, casada com don Felipe desde o ano passado, "parecia de diamante". Impulsionada pela música e pelas demonstrações de carinho, a princesa pediu que mais crianças se aproximassem, abraçou algumas e conversou em espanhol. "Para mim, ela falou que gostava muito daqui", revelou Carlos Oliveira de Jesus, 11 anos.
Casal se interessa por patrimônio histórico
Em uma passagem de 40 minutos pelo prédio da antiga faculdade de Medicina, o príncipe deAstúrias foi recepcionados pelos Filhos de Gandhy, ouviram uma apresentação do coral da Escola Oficina Salvador e conheceram as obras de recuperação do imóvel histórico. Sem demonstrar cansaço, depois de quase duas horas sob o sol no evento anterior, no Candeal, Felipe de Borbón e Letizia Ortiz tiraram fotos com os operários e demonstrariam interesse pelo patrimônio histórico e arquitetônico do lugar.
A chegada ao Terreiro de Jesus foi ao meio-dia, com a saudação ao som de berimbaus e atabaques feita por integrantes do afoxé mais famoso da Bahia. Recebido pelo reitor da Universidade Federal da Bahia, Naomar Almeida, os príncipes conheceram um pouco do trabalho social da escola, que desde 1997 recebe o apoio do governo espanhol, através da Agência Espanhola de Cooperação Internacional. O projeto já atendeu 441 jovens e 181 concluíram o aprendizado de 24 meses, que pode ser feito em sete ramos de atividade da construção civil, como pintura, carpintaria, marcenaria, estuque.
A própria restauração da Faculdade de Medicina é feita por alunos da EOS e precisa de recursos para prosseguir com a fase final das obras. O reitor Naomar Almeida demonstrou a expectativa de que a visita sensibilize para a necessidade de novas parcerias. O casal percorreu os trechos já recuperados e o canteiro de obras. Na saída, a facção do Gandhy fez uma nova reverência.
A comitiva embarca na manhã de hoje na Base Aérea de Salvador. O próximo destino do avião da Força Aérea Espanhola é Montevidéu, onde o casal real vai participar da solenidade de posse do presidente uruguaio Tabaré Vasquez, no dia 1º de março.
Caravana de turistas acompanha programação
Uma caravana formada por 55 jovens turistas espanhóis se infiltrou na visita dos príncipes das Astúrias ao Candeal e deu um toque nacionalista ao evento. Estudantes do último ano do curso de direito e economia, da Universidade Carlos III, em Madri, eles organizaram a viagem para a Bahia como forma de confraternização antes da formatura. O retorno para a Espanha está marcado para a próxima quarta-feira.
Quase todos com 23 anos, os universitários chegaram cedo ao Candeal, equipados com máquinas fotográficas digitais e cheios de ansiedade para ver o casal real. "Em nosso país, os dois são muito queridos", revelou Zinnia Quirós. Na chegada do casal, todos eles ensaiaram um coro como se estivessem nas arquibancadas do Santiago Bernabeu, o estádio do Real Madri: "Família real... visita Candeal", gritaram com um forte sotaque e muito bom humor.
Durante o cortejo ao som da Timbalada, teve gente que não resistiu a uma roda de capoeira e outros só estavam ocupados em fotografar tudo o que era permitido. Willy Abril e Paz Quesada driblaram a dificuldade do idioma para interrogar crianças sobre o modo de vida na comunidade carente. A conversa terminou em um assunto comum aos dois povos: o futebol e as jogadas de Ronaldo, Roberto Carlos e Ronaldinho.
No final da visita, com todos suados e queimados de sol, a animação parecia com a de início de festa. "Ainda tem a tarde toda para aproveitar en la playa", explicou Patricia Fernandez.
Viagem estratégica
É quase um consenso entre os 19 jornalistas espanhóis que acompanham os príncipes das Astúrias que a viagem para o Brasil tem uma grande importância política e comercial para os dois países. Os profissionais da imprensa reconheceram que pode ser o início de viagens oficiais anuais para estreitar os laços entre as nações.
"Essa viagem foi programada para chegar em cidades de importância bem definidas. Brasília representou a proximidade das relações políticas e institucionais e São Paulo responde pelas relações econômicas. Salvador é a capital que representa as questões culturais e sociais entre os dois países", sugere Luiz Manuel Fernandez Iglesias, da Rádio Nacional, de Madri.
O anúncio de que vão ser construídos pelos menos oito Institutos Cervantes em cidades brasileiras para o ensino de espanhol é a prova dessa aproximação diplomática. Com isso, os "periodistas" garantem que o Brasil terá o maior número de entidades desse tipo fora do território espanhol.
"Esta é um relação importante porque a Espanha compra muitos produtos brasileiros", opina a jornalista Carmen Tabar, da Agência Éfe. "Agora, a tendência é de que médias e pequenas empresas também entrem nessa rota de exportação", aposta ela. Sobre a viagem específica da Bahia, ela disse que vai noticiar em seu país a recepção calorosa que o casal recebeu. "Os baianos valorizaram a presença dos príncipes. Mostraram-se encantados com a realeza", observou Tabar.
A embaixada espanhola cadastrou para a viagem jornalistas de veículos como as revistas Hola e Semana (das mais influentes do país) e Televisión Española, onde a princesa Letizia já trabalhou. A repórter Almudena Martinez, do Diário ABC, ficou impressionada com o trabalho social realizado no Candeal, com recursos financiados pela Agência Espanhola de Cooperação Internacional. O prestígio de Carlinhos Brown no país ibérico também foi destacado, principalmente depois da participação dele no Fórum Mundial de Barcelona.
Fonte:
Correio da Bahia
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/356883/visualizar/
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