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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Segunda - 19 de Novembro de 2012 às 14:50
Por: Glaucia Colognesi

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   O deputado estadual Adalto de Freitas, o Daltinho (PMDB), critica o Governo e a própria Assembleia por não exercer a força que possuem para interceder e amenizar o conflito gerado pela retirada de 7 mil famílias de posseiros em Suiá Missu, área reivindicada pelos índios Xavantes. “No Estado e no Brasil não tem líder”, lamenta o peemedebista.

 

   O confronto, que acontece no perímetro do município de Alto Boa Vista já repercutiu na mídia nacional, ocorre porque as famílias que estão há décadas no local terão que desocupar a área, em 30 dias, sem qualquer indenização pelas terras ou benfeitorias construídas. Soldados da Força Nacional e a Polícia federal estão no local para fazer a notificação.

   Daltinho observa que o Palácio Paiaguás ofereceu, de forma administrativa e política, uma alternativa que seria a troca dessa área por outra para os indígenas, mas teve como resposta grande resistência da FUNAI, Ongs e governo Federal.  No fim, de acordo com o parlamentar, acabou não tendo uma atitude mais firme para resolver o problema. Segundo ele, até agora o governo e a Assembleia não demonstraram algo efetivo em prol da defesa do nosso povo. “Em nenhum momento nem governo, nem Assembleia se debruçou sobre esse caso com a profundidade e gravidade que possui. Parece até que a situação está ocorrendo no Pará, no Rio Grande do Sul ou em Rondônia e não em Mato Grosso”, censura.

   Conforme o deputado, o governo deveria colocar todo o seu aparato para acompanhar essa desocupação sem derramamento de sangue. “Se fosse o governador de Mato Grosso não iria aceitar a Força Nacional de Segurança intervir lá sem o acompanhamento dos direitos humanos e da OAB. Ali não tem ladrão, mas um povo trabalhador defendendo o seu patrimônio, direito previsto na constituição”, defende.

Daltinho prevê que os soldados irão cometer muitas atrocidades para cumprir a decisão judicial que, para ele, foi baseada em processo fraudulento. “Eles tiram as pessoas na marra, põe fogo na casa delas. Um pai de família que vê isso acontecer na frente dos filhos prefere morrer e até pode se suicidar”, alerta.

o Deputado ainda explica que o processo no qual se discute a propriedade daquelas terras ainda não está transitado em julgado e que acredita que a medida de desocupação seja precipitada. “Já estão condenando à morte quem ainda pode reverter essa questão no Supremo, porque o STF cassou a liminar, mas não julgou o mérito ainda”, esclarece. Sem dar detalhes, Daltinho também afirma que os índios estão sendo usados para que atingir outros interesses.





Fonte: RDNEWS

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