Peruanos fizeram festa para receber a comitiva

No Peru, em Chucuito, pequeno distrito distante 8 quilômetros de Puno, sede do Governo Regional de Puno, a comitiva da Estradeiro 4 foi recebida com festa pelos índios aymaras, que habitam o lugar às margens do Lago Titicaca, considerado sagrado. Com suas danças, músicas e tradições, eles expressaram seu contentamento e homenagearam o governador Maggi com a Medalha Lago Sagrado.

A região é rica em minérios (ouro, prata e estanho), gás natural e também produz fibras com a lã das alpacas. Entre Puno e Arequipa, numa distância aproximada de 300 quilômetros, a uma altitude máxima de 4.528 metros, enfrentou-se neve pelo caminho e a temperatura caiu para abaixo de zero. As montanhas cobertas de neve e a paisagem branca ao lado da rodovia, escorregadia e perigosa.

Do trecho gelado, onde se passou por montanhas "brancas" cobertas de neve, chegou-se a Arequipa. Dali, para Matarani, o primeiro porto visitado, um visual desértico, onde se avistavam apenas pedras. Depois de passar por vales e cadeias de montanhas e atravessar um túnel de 400 metros aberto numa montanha, avistou-se, ao longe, o Pacífico. Ao nível do mar, a respiração já e outra. Aplausos dos moradores, bandeiras do Brasil e faixas saudando "los hermanos".

Ao avistar o Pacífico e observar as manifestações, o governador Blairo Maggi reconheceu estar emocionado. "Parecia até o carnaval carioca", disse ele, ao conceder entrevista para os jornalistas locais. Dos portos visitados, Matarani foi o considerado o mais organizado e eficiente. No trajeto, parada na primeira praia do Pacífico, após Matarani, a Praia de Mollendo.

"Este é um momento histórico. A presença do governador representa o símbolo da integração", disse o presidente do Governo Regional de Arequipa, Daniel Vera Ballón.

Às voltas com a erradicação da mosca da fruta, o Governo Regional de Moquegua, onde está localizado o Porto de Ilo, é bastante cuidadoso. Para entrar na região, os visitantes devem declarar, no posto de controle Quarentenário, que não levam nenhuma fruta em sua bagagem.

As cenas de amizade e de boas vindas se repetem em Tacna, em pleno Deserto do Atacama, lugar em que não chove e onde a comitiva visitou a Zona Franca. A Zofratacna é que abastece, com mercadorias para exportação, o Porto de Arica, no Chile, distante 53 quilômetros. Em Tacna, também foram assinados protocolo de cooperação com o Governo Regional e convênios entre instituições.