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Cidades/Geral
Sábado - 26 de Fevereiro de 2005 às 06:30
Por: Silvana Guaiume

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Campinas - A polícia de Campinas espera para a próxima semana relatórios sobre o conteúdo de três computadores apreendidos na casa do médico homeopata Hudson da Silva Carvalho, cuja família foi envenenada por arsênico no final do mês passado. A expectativa é de que o material traga informações importantes para as investigações do caso.

Um computador pertencia ao médico, outro à sua mulher Thelma Migueis, que também morreu, e um terceiro às duas filhas do casal, de 17 anos e de 15 anos. Apenas a filha mais nova sobreviveu ao envenenamento. Ela está desaparecida desde segunda-feira e não havia feito contato até a noite desta sexta-feira. A polícia acredita que possa haver e-mails e textos nos computadores que podem auxiliar as investigações. A perícia está sendo feita por uma equipe de técnicos especializados em informática do Instituto de Criminalística em Mogi Guaçú. Eles estão tentando quebrar as senhas dos computadores para acessar o conteúdo.

Na quinta-feira, a polícia conseguiu fixar aproximadamente o horário do envenenamento, que teria ocorrido por volta das 19 horas, a partir de uma mesa-redonda da qual participaram cinco médicos que atenderam os pacientes no Hospital Madre Theodora, uma perita em toxicologia e o diretor do Instituto Médico Legal (IML) de Campinas. Foi mais ou menos nesse horário que teria sido ingerido o doce de chocolate, conforme a polícia. A principal conclusão é de que a família estava em casa quando ocorreu o envenenamento. "Estamos perto de chegar a uma conclusão", afirmou um dos delegados que acompanha o caso, José Carlos Fernandes da Silva.

Três irmãos de Carvalho foram ouvidos, inclusive dois que abrigaram a sobrevivente na fuga para o Rio de Janeiro em outubro passado. Eles contaram que a família restringiu o contato telefônico e por e-mail da garota e a impediram de ir à escola por 20 dias. Mas negaram que a tivessem mantido presa. Segundo os tios, a família adotou as medidas porque ela estaria planejando uma segunda fuga e eles acreditavam que a menina poderia receber auxílio de outra pessoa, mas não souberam dizer quem poderia ser.

"Os tios contaram que ela era muito sonhadora, queria ser atriz, modelo e não media conseqüências de seus atos", disse o delegado. Mas eles não entraram em detalhes sobre nenhum ato mais grave ou inconseqüente que ela tivesse cometido, afirmou o delegado. De acordo com os tios, os pais achavam que restringindo o contato exterior iriam resolver a crise de rebeldia da adolescente.




Fonte: Agência Estado

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