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Internacional
Sábado - 26 de Fevereiro de 2005 às 06:10

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O vice-primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, assegurou neste sábado que o atentado na noite de sexta-feira em Tel Aviv, que causou 4 mortes e deixou 50 feridos, não afetará o plano de retirada israelense de Gaza, previsto para julho. O plano de desligamento elaborado pelo primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, prevê a retirada da Faixa de Gaza com o desmantelamento de 21 assentamentos judaicos nesse território e outros quatro na Cisjordânia. Já o primeiro-ministro adjunto israelense, Shimon Peres, disse que "é preciso lutar contra o terrorismo com intransigência e sem hesitar".

A confusão sobre a autoria do atentado de ontem à noite em Tel Aviv levou o presidente palestino Mahmoud Abbas a pedir uma investigação conjunta com Israel. Pelo menos 40 pessoas permanecem hospitalizadas, quatro delas em estado grave.

O exército israelense informou à família Badran que seu filho, o estudante Abdula, 21 anos, foi o autor material do atentado de Tel Aviv ao imolar-se às 23h20 locais (18h20 de Brasília) na fila do clube "Stage", situado em um passeio em frente a praia. O suicida levava uma carga de 30 quilos de explosivos.

A família negou que Abdula tivesse relação com grupos armados e assegurou que saiu de sua casa na aldeia de Deir al Guhsun, perto de Tulkarem, ao norte da Cisjordânia, para não mais voltar.

Os serviços de segurança palestinos averiguam as possíveis relações da guerrilha libanesa Hezbolá com os milicianos locais das Brigadas de Al-Aqsa, braço armado do Fatah, às quais Abdula Badran poderia pertencer.

O exército israelense impôs nas primeiras horas de hoje o toque de recolher na aldeia de Deir al Ghusun e deteve cinco pessoas, o imã da localidade, dois irmãos do suicida e dois de seus amigos, confirmam fontes militares.

A Jihad Islâmica, acusada pelo ataque, o negou, enquanto a guerrilha libanesa Hisbolá se apressou desde Beirute a negar seu envolvimento. "Não há necessidade de responder a semelhantes mentiras", disse um de seus porta-vozes desde a capital libanesa.

As Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa se somaram ao cessar-fogo alcançado entre as facções palestinas e o presidente Abbas. No entanto, pequenos grupos incontrolados do norte da Cisjordânia e financiados pelo Hezbolá afirmaram que continuariam os ataques contra objetivos israelenses.

O presidente Abbas pediu uma investigação conjunta de palestinos e israelenses para esclarecer a autoria do atentado. Ele se reuniu neste sábado com o chefe de negociações, Saeb Erekat, o novo ministro do Interior, Nasser Yusuf, e com o Ministro de Assuntos Civis e antigo responsável pelos serviços de Segurança em Gaza, Mohammed Dahlan, e na noite de sexta com os responsáveis de segurança palestinos.





Fonte: EFE

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