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Internacional
Sábado - 26 de Fevereiro de 2005 às 00:22

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Jerusalém - O atentado que matou pelo menos 5 pessoas (incluindo o homem-bomba), deixou cerca de 50 feridas, na maioria jovens, e ameaça arruinar os esforços da Autoridade Palestina (AP) para pôr fim às ações extremistas e retomar o processo de paz. Uma agravante para tanto é o fato de as Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa terem reivindicado a autoria do ataque. Esse grupo é ligado à Fatah, que forma a base do governo palestino e tem entre seus líderes o presidente da AP, Mahmud Abbas, sucessor de Yasser Arafat.

A Jihad Islâmica também se atribuiu a responsabilidade, depois negada por seus líderes. Imediatamente, Abbas condenou o ataque. "A Autoridade Palestina não ficará silenciosa diante desse ato de sabotagem. Vamos seguir e apanhar os responsáveis, que serão punidos adequadamente", diz o comunicado assinado por Abbas.

Altos funcionários da AP disseram, sob anonimato, à Associated Press que o atentado foi obra do grupo libanês Hezbollah, que arregimentou um membro de uma célula das Brigadas na Cisjordânia. As Brigadas se comprometeram com Abbas em manter um cessar-fogo, mas não têm controle sobre todas suas células. Um porta-voz do Hezbollah tachou a acusação de mentirosa. Se houver o envolvimento do Hezbollah, as conseqüências político-militares serão mais graves, pois resvalarão para a Síria e o Irã (patrocinadores do grupo) e o Líbano. De qualquer modo, Abbas ficará sob forte pressão internacional para adotar ações concretas.

Desde que foi eleito para suceder a Arafat, em janeiro, ele vem tentando impor-se sobre os radicais por meio do diálogo, tendo negociado com eles uma trégua informal. No início do mês, Abbas e o primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, se comprometeram com um cessar-fogo que reduziu drasticamente a violência na região. "A tentativa da Autoridade Palestina de arranjar as coisas por meio da prevenção falhou, como Israel disse que falharia. Israel sempre deixou claro que é impossível manter diálogo com terroristas", disse o porta-voz do governo, David Baker.





Fonte: AE - AP

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