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Economia
Segunda - 19 de Novembro de 2012 às 13:17

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 A substituição pelas lâmpadas fluorescentes, que são mais caras, pode gerar custo a princípio para o empresário, mas traz benefícios em médio prazo . Foto: Dreamstime/Terra

A substituição pelas lâmpadas fluorescentes, que são mais caras, pode gerar custo a princípio para o empresário, mas traz benefícios em médio prazo. (Foto: Dreamstime/Terra)

As lâmpadas incandescentes deverão sair do mercado brasileiro até 2016, segundo portaria emitida no final de 2010 pelos ministérios de Minas e Energia, da Ciência e Tecnologia e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. A substituição pelas fluorescentes, mais caras, pode gerar custo a princípio para o empresário, mas traz benefícios em médio prazo.

As lâmpadas incandescentes e fluorescentes utilizam diferentes tecnologias para converter a energia em luz. A incandescente gasta mais eletricidade para produzir a mesma quantidade de luz - chamada de lumens - que uma fluorescente. A segunda chega a ser cinco vezes mais eficiente que a primeira, dependendo da potência.

É possível comprar, portanto, uma lâmpada fluorescente de 15 W para substituir uma incandescente de 60 W. Isso representa uma economia de 75% de energia elétrica.

Apesar de a lâmpada fluorescente compacta ser em média cinco vezes mais cara que uma incandescente, a primeira deve ser trocada com menos frequência que a incandescente, o que a torna mais econômica. Dependendo do uso e da qualidade do produto, a incandescente dura em torno de um ano, muito menos que os dez da fluorescente compacta. Enquanto a primeira tem uma vida útil de mil horas, a segunda tem de 8 a 10 mil.

Segundo Gilberto De Martino Jannuzzi, professor em sistemas energéticos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o maior benefício da troca das lâmpadas para o empresário é a redução significativa na conta de eletricidade. "De certo modo, ele vai gastar com essa troca, então vai pensar duas vezes. Mas, como a fluorescente dura mais tempo, no final da história, existe um ganho." Ele afirma que o investimento da troca pode ser recuperado em um ano, dependendo da tarifa de energia elétrica.

Para o professor, a maior barreira é a econômica, uma vez que a diferença de cor é pequena e o formato é suportado pela maioria das luminárias. O preço, no entanto, tende a diminuir. "A diferença já foi de dez vezes. No mundo inteiro, aumentou demais a escala de produção. Nas grandes companhias de lâmpadas, a maior parte da produção é de lâmpadas fluorescentes. Isso fez com que barateasse o custo unitário. E, lógico, o processo industrial melhorou, havendo um ganho de eficiência", explica.

Gilberto aconselha que a troca comece a ser feita pelos locais em que o empresário utiliza mais luz. "Assim, ele tem mais ganhos de economia e vai trocando aos poucos nos lugares em que consome menos.

Portaria
As portarias nº 1.007 e 1.008, de 31 de dezembro de 2010, determinaram a substituição gradual das lâmpadas incandescentes. No final de 2012, por exemplo, deixarão de existir aquelas de 150 W e 200 W.

O Brasil segue um padrão mundial de proibição das lâmpadas de baixa eficiência energética. A União Europeia baniu de vez as lâmpadas incandescentes do mercado em setembro deste ano.





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