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Internacional
Sexta - 25 de Fevereiro de 2005 às 21:40

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Pinellas Park, EUA - Um juiz deu ao marido de Terri Schiavo permissão para remover o tubo que garante a alimentação da mulher, hospitalizada com dano cerebral. Michael Schiavo diz que era desejo de Terri não ser mantida viva por meio de aparelhos.

A decisão do juiz George Greer permite que Michael ordene aos médicos desconectar o tubo às 13h00 de 18 de março. Os pais da mulher devem recorrer à Justiça para bloquear a autorização. O juiz escreveu em seu despacho que não se sente mais à vontade para conceder novos adiamentos, em meio à disputa de família sobre o destino de Terri. O embate judicial já percorreu todas as instâncias do Estado da Flórida. Ele disse que o caso tem de acabar.

O tubo mantém a mulher, de 41 anos, viva. A decisão do juiz aparece 15 anos depois do colapso de Terri, que na época sofreu uma parada cardíaca.

Os pais de Terri enfrentam o genro na Justiça desde o final dos anos 90. A disputa assumiu elementos de melodrama, com alegações de que o marido estaria interessado em US$ 1 milhão que poderia herdar da mulher. Os sogros também o acusam de querer Terri morta para poder se casar legalmente com outra mulher.

Os pais não acreditam que Terri esteja em estado vegetativo persistente, como concluiu a perícia médica. Um cardeal católico também entrou na disputa, ao lado dos pais de Terri. "Se o senhor Schiavo tiver sucesso em provocar legalmente a morte de sua mulher, isso será não só uma tragédia em si, mas um passo grave na direção da eutanásia legal nos Estados Unidos", declarou o cardeal Renato Martino, chefe do Conselho Pontifício para Justiça e Paz.





Fonte: AP

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