Governo construirá mais de 700 casas em Rosário Oeste

Mais de 700 famílias do município de Rosário Oeste (128 Km ao Norte de Cuiabá) serão beneficiadas com casa, alimentação e investimento agrícola para melhorar a produção da terra. Os recursos foram captados pelo Governo do Estado, via Intermat, em parceria com o Incra.

As famílias beneficiadas foram selecionadas pelo Conselho Municipal Rural da região. Elas pertencem a comunidades tradicionais do município, que moram na região há mais de 30 anos em casas de pau-a-pique. Segundo dados da Prefeitura de Rosário Oeste, o município possui mais de duas mil famílias de pequenos produtores rurais, que necessitam de assistência técnica e habitacional.

De acordo com a Diretoria de Assentamento do Intermat, após o cadastro realizado pelo Município, é feito um levantamento sócio-econômico das famílias para saber se elas realmente necessitam do benefício. "Este é um programa para pessoas que se enquadram dentro da clientela da reforma agrária. É para produtores que precisam do crédito para fazer a terra produzir e melhorar suas condições de habitação", afirma o diretor Sidney Durante.

Segundo o diretor, o Incra ficou de suplementar os recursos federais para liberar a construção das casas que estavam previstas para começar no ano passado. "A demora do repasse dos recursos atrasou o processo", disse.

Noventa de sete casas já estão em construção na Comunidade Forquilha do Rio Arruda. Na próxima segunda-feira (28.02) o Intermat vai abrir licitação para compra de materiais para atender mais oito comunidades. O programa vai beneficiar 20 comunidades do município: Cachoeirinha, Tamoio, Tupinambá, Kadvel, Cardeal, Tijuca, Mandiocal, Curió, Xororó, Forquilha do Rio Arruda, Karajás, Belga, João de Barro, Pavão, Socó, Canário, Bakairi, Tucano, Bororo e Xavante.

As terras foram regularizadas há dois anos pelo Programa Varredura — projeto de regularização fundiária dirigido aos pequenos agricultores, que agora estão sendo contemplados com o crédito de instalação do Programa Nossa Terra Nossa Gente.

"Essas comunidades são formadas por moradores antigos da região e esquecidos por muitos Governos. O que estamos tentando fazer é resgatar uma dívida social de longa data", ressaltou o presidente do Intermat, Jair Mariano.