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Tecnologia
Sexta - 25 de Fevereiro de 2005 às 14:11

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A "disparidade digital" entre nações ricas e pobres está se reduzindo rapidamente, afirmou o Banco Mundial, colocando em questão uma dispendiosa campanha da Organização das Nações Unidas (ONU) para levar telecomunicações de alta tecnologia aos países em desenvolvimento.

Com cerca de 1,7 mil especialistas internacionais reunidos em Genebra para preparar a Cúpula Mundial sobre a Sociedade de Informação (WSIS), da ONU, o Banco Mundial informou em relatório que os serviços de telecomunicações nos países pobres vêm crescendo em ritmo explosivo.

"A disparidade digital vem-se reduzindo rapidamente", afirma o relatório. "As pessoas nos países em desenvolvimento estão obtendo mais acesso em ritmo incrível ¿ muito superior àquele que exibiram para conquistar acesso a novas tecnologias no passado", acrescenta o estudo.

Metade da população do mundo tem acesso, agora, a uma linha de telefonia fixa, segundo o relatório, e 77% têm acesso a redes móveis ¿ ultrapassando a meta da campanha proposta pela WSIS, 50% de acesso até 2015.

O relatório informa que havia 59 milhões telefones fixos ou móveis na África em 2002 ¿ contradizendo a alegação do presidente senegalês Abdoulaye Wade, durante coletiva concedida na ONU no ano passado, de que havia mais telefones em Manhattan do que em toda a África. "A menos que os moradores de Nova York e das redondezas tenham 12 telefones cada um, a África tem hoje muito mais telefones do que Manhattan", afirma o relatório do Banco Mundial.

A ONU espera que ampliar o acesso dos países em desenvolvimento a tecnologias como telefones móveis e a Internet ajude a erradicar a pobreza e a construir democracias estáveis. Nesta sexta-feira, em Genebra, os países mais pobres, especialmente os da África, devem repetir seus pedidos por um "Fundo de Solidariedade Digital" que ajude a financiar a infra-estrutura que alegam ser necessária para superar a suposta disparidade tecnológica.

Mas o setor de telecomunicações já entrou em ação para atender à demanda em mercados florescentes como a África, onde o crescimento da telefonia móvel superou o da telefonia fixa, para ajudar a compensar o baixo crescimento nos mercados mais maduros.





Fonte: Reuters

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