Mauro sofre pressão e eu não queria estar no lugar dele, aponta analista
Louremberg ainda destaca que esta condição também ocorreria com Lúdio Cabral (PT), caso o vereador fosse eleito. “Neste sentido as pressões aparecem mesmo”. Diante do cenário, o analista elogia a postura de Mauro, alegando que o socialista está agindo como se toda esta circunstância fosse natural. “Isso é bom, porque dá certa tranquilidade para ele pensar no que os líderes estão reivindicando”.
Em relação à reunião que o prefeito eleito teve com o governador Silval Barbosa (PMDB) para "selar a paz" após o processo eleitoral, segundo Louremberg, Mauro transmitiu uma imagem serena, remetendo para a população segurança. Para o analista, Mauro conseguiu transmitir a mensagem que eles desceram do palanque e agora o prefeito eleito está dando as mãos ao governo do Estado, apesar de pertencerem a grupos opostos. “Mesmo durante o processo eleitoral, no qual foi explícita a oposição entre Mauro e Silval, agora isso é visto de forma diferente, pois a situação não coloca o Governo opositor ao município”, explicou.
Para o analista, Mauro agiu corretamente quando propôs esta conversa, no entanto, o conteúdo deste encontro deveria ser de conhecimento da população. “O regime democrático é visível, todos devem ter conhecimento. Ele (Mauro) está agindo como agente público, por isso todas as ações devem ser às claras. Dá certo desconforto quando há um encontro dessa natureza e a pauta não é divulgada”.
De acordo com Louremberg, até o momento, este foi o único episódio em que o novo prefeito da Capital pecou. Ele reforça que deveria ser esclarecido os interesses em torno da conversa com Silval, pois está em jogo uma futura parceria permanente entre Governo e prefeitura. “Seria importante a gente saber quais reivindicações Mauro levou e qual o posicionamento do governador diante às deficiências existentes na cidade”, finalizou.
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