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Internacional
Quinta - 24 de Fevereiro de 2005 às 12:37
Por: Sheikh Mushtaq

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Soldados indianos enfrentaram supostos militantes muçulmanos que, na quinta-feira, invadiram um prédio do governo na Caxemira usando armas automáticas e granadas. Ao menos dois soldados e um civil foram mortos, mas os militares conseguiram retirar cerca de 250 funcionários do prédio de Srinagar, maior cidade da região.

Outros quatro soldados ficaram feridos, disseram autoridades.

Dezenas de militares, com o apoio de veículos blindados, cercaram o complexo do governo, localizado à beira do rio Jhelum. Tiros e explosões podiam ser ouvidos enquanto ambulâncias levavam os feridos.

Com frequência, os guerrilheiros muçulmanos que lutam contra o domínio indiano sobre a Caxemira atacam prédios do governo.

Mas essa é uma das maiores investidas ocorridas na região desde que a Índia e o Paquistão concordaram, na semana passada, em inaugurar uma linha de ônibus que, a partir de 7 de abril, passará através de uma linha de cessar-fogo militarizada que divide a Caxemira.

O acordo deu novo impulso ao tímido processo de paz realizado pelos países rivais, ambos detentores de armas nucleares.

"Cerca de 250 pessoas foram resgatas do prédio", afirmou K. Srinivasan, a autoridade da área de segurança encarregada de coordenar a operação. Segundo a polícia, ao menos dois militantes estariam no complexo.

Em janeiro, guerrilheiros atacaram um outro complexo do governo, em Srinagar, dias antes da celebração do Dia da República na Índia. Em outra ação, realizada no mesmo mês, os rebeldes invadiram um prédio dos serviços de tributos em Srinagar e atearam fogo nele.

Os militantes enfrentam as forças indianas há 15 anos na Caxemira, que está no centro das décadas de desavenças entre o Paquistão, majoritariamente islâmico, e a Índia, de maioria hindu.

O governo indiano acusa o país vizinho de dar apoio material aos rebeldes. A liderança paquistanesa diz oferecer apenas apoio político aos moradores da Caxemira indiana, o único Estado de maioria islâmica da Índia.

As autoridades afirmam que a violência diminuiu na região desde que os países vizinhos deram início ao processo de paz, há mais de um ano. Mas ali ainda acontecem, regularmente, ataques com bombas e com armas de fogo.





Fonte: Reuters

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