Produção de grãos reduz 2,3% no Estado

Mato Grosso terá redução de 2,3% na produção de grãos na safra deste ano. Os dados são do primeiro prognóstico do ano divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que aponta para 21,21 milhões de toneladas ante as 21,73 milhões de toneladas obtidas no ano passado. A tendência de queda contraria as previsões nacionais. O IBGE estima que a produção no país atinja a marca de 134,52 milhões de toneladas neste ano, volume 12,96% superior se comparado a 2004. A região Centro-Oeste deverá responder por 34,47% do volume produzido.

A safra 2005 em Mato Grosso anuncia tempos de crise principalmente ao milho e algodão. Os principais vilões figuram como o aumento nos custos de produção e os baixos preços praticados no mercado. Entre as principais culturas produzidas no Estado, além das citadas, a soja, o arroz e o milho, com uma redução de 85% na área plantada, poderá culminar numa produção também 85% menor neste ano. Em 2004 foram plantados 941,1 mil hectares de milho, ao passo que nesta safra a área total foi reduzida a 145,54 mil hectares. A produção de 3,4 milhões de toneladas obtida no ano passado deverá ser de 512,6 mil toneladas.

Os dados apontam que o algodão, em franca expansão nos últimos anos, sofre uma queda de 20% na área plantada no Estado, passando de 469,34 mil hectares para 375,04 mil hectares. Diante disso, a produção deverá ser reduzida de 1,15 milhão de toneladas para 941,87 mil toneladas. O saldo representa uma diferença de 18%.

Apesar da crise que assola o setor produtivo nesta safra, a soja sinaliza um incremento de 12,5% na área plantada em Mato Grosso, o que deverá render uma produção de 17,54 milhões de toneladas, 20% superior em relação ao ano passado. Em 2004 foram colhidas 14,51 milhões de toneladas da oleaginosa. A área plantada subiu de 5,26 milhões de hectares para 5,92 milhões de hectares.

O arroz indica ligeiro aumento. Os 738,16 mil hectares plantados em 2004 foram ampliados para 752,22 mil neste ano, o que equivale a uma alta de 2%. A produção deverá se elevar em 1,4%, fechando com 2,2 milhões de toneladas.(JS)