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Estudo liga uso de maconha a derrame cerebral
São Paulo - Usuários de maconha podem ter mais chances de sofrer problemas como derrames. A indicação é de um novo estudo feito na Espanha e publicado no Journal of Neurology, Neurosurgery, and Psychiatry.
O aumento no risco de derrame foi verificado em estudos anteriores para jovens usuários de drogas como heroína, cocaína ou anfetaminas, mas a literatura sobre a relação entre acidente vascular cerebral e maconha é muito escassa.
A nova pesquisa foi conduzida a partir do caso de um indivíduo de 36 anos que havia sido usuário da droga. O paciente não tinha histórico de uso de outros psicotrópicos e bebia apenas ocasionalmente.
O primeiro incidente ocorreu após ter fumado maconha e bebido três ou quatro drinques em uma festa. A princípio, não conseguiu mais falar. Algumas horas depois, teve uma série de convulsões.
Uma tomografia cerebral revelou a presença de coágulo e sangramento. O paciente recebeu tratamento e se recuperou.
Um ano depois, em outro episódio de uso da droga, novamente foi perdida a capacidade de falar, dessa vez acompanhada por uma fraqueza em um lado do corpo (hemiparesia). O exame revelou novo acidente vascular cerebral, em área diferente da anterior.
O indivíduo ficou sem consumir a droga por 18 meses, até que usou uma quantidade considerável, junto com bebidas alcóolicas. O resultado foi a perda da capacidade de reconhecer sons, condição conhecida como agnosia auditiva.
O novo derrame foi verificado pela tomografia, que também mostrou as áreas danificadas pelos episódios anteriores.
Segundo os autores do estudo, do Serviço de Neurologia do Hospital de Galdacano, mudanças de comportamento e o aumento no risco de esquizofrenia, associados com o uso freqüente da maconha, são conhecidos, mas pouco se sabe sobre seus efeitos cardiovasculares.
Apesar de o número de casos de acidentes vasculares cerebrais confirmados como associados ao uso da droga ser pequeno - 15 nos Estados Unidos -, os pesquisadores afirmam que os riscos não devem ser menosprezados.
“A maconha não é uma droga segura como muitos acreditam. Novos estudos são necessários para esclarecer o papel da Cannabis como um fator de risco de derrames”, dizem os autores.
O artigo Recurrent stroke associated with cannabis use, de I. Mateo, A. Pinedo, M. Gomez-Beldarrain, J. M. Basterretxea and J. C. Garcia-Monco, pode ser lido no site http://jnnp.bmjjournals.com.
O aumento no risco de derrame foi verificado em estudos anteriores para jovens usuários de drogas como heroína, cocaína ou anfetaminas, mas a literatura sobre a relação entre acidente vascular cerebral e maconha é muito escassa.
A nova pesquisa foi conduzida a partir do caso de um indivíduo de 36 anos que havia sido usuário da droga. O paciente não tinha histórico de uso de outros psicotrópicos e bebia apenas ocasionalmente.
O primeiro incidente ocorreu após ter fumado maconha e bebido três ou quatro drinques em uma festa. A princípio, não conseguiu mais falar. Algumas horas depois, teve uma série de convulsões.
Uma tomografia cerebral revelou a presença de coágulo e sangramento. O paciente recebeu tratamento e se recuperou.
Um ano depois, em outro episódio de uso da droga, novamente foi perdida a capacidade de falar, dessa vez acompanhada por uma fraqueza em um lado do corpo (hemiparesia). O exame revelou novo acidente vascular cerebral, em área diferente da anterior.
O indivíduo ficou sem consumir a droga por 18 meses, até que usou uma quantidade considerável, junto com bebidas alcóolicas. O resultado foi a perda da capacidade de reconhecer sons, condição conhecida como agnosia auditiva.
O novo derrame foi verificado pela tomografia, que também mostrou as áreas danificadas pelos episódios anteriores.
Segundo os autores do estudo, do Serviço de Neurologia do Hospital de Galdacano, mudanças de comportamento e o aumento no risco de esquizofrenia, associados com o uso freqüente da maconha, são conhecidos, mas pouco se sabe sobre seus efeitos cardiovasculares.
Apesar de o número de casos de acidentes vasculares cerebrais confirmados como associados ao uso da droga ser pequeno - 15 nos Estados Unidos -, os pesquisadores afirmam que os riscos não devem ser menosprezados.
“A maconha não é uma droga segura como muitos acreditam. Novos estudos são necessários para esclarecer o papel da Cannabis como um fator de risco de derrames”, dizem os autores.
O artigo Recurrent stroke associated with cannabis use, de I. Mateo, A. Pinedo, M. Gomez-Beldarrain, J. M. Basterretxea and J. C. Garcia-Monco, pode ser lido no site http://jnnp.bmjjournals.com.
Fonte:
Agência Fapesp
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/357760/visualizar/
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