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Agricultor quer negociar dívidas com o governo
Os agricultores vão pedir ao governo e às empresas privadas fornecedoras de insumos agrícolas renegociação e parcelamento das dívidas. Os motivos são a desvalorização do dólar em relação ao real e a queda dos preços dos principais produtos do país. De acordo com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), o problema é grave para os produtores de soja, milho, arroz, trigo e algodão.
A proposta será apresentada ao governo oficialmente no dia 2 de março, em reunião na cidade goiana de Rio Verde, com a presença de governadores de Estado, produtores rurais e do ministro Roberto Rodrigues (Agricultura). O ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) será convidado.
Entre julho de 2004 e janeiro deste ano, o governo liberou R$ 32,8 bilhões programados para serem aplicados em custeio, investimento e comercialização da safra 2004/2005. Desse total, R$ 23,56 bilhões são para custeio e comercialização. A CNA não informou o valor da dívida que poderá ter seu pagamento adiado.
De acordo com Macel Caixeta, presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, a proposta é pagar 20% da dívida dos financiamentos para custeio da produção neste ano e diluir o resto em quatro anos.
Para as dívidas formadas pelos financiamentos para investimento, a proposta é não pagar as parcelas que vencem neste ano e no próximo, deixando toda a dívida para o vencimento dos contratos.
A estratégia para negociação com as empresas privadas --"tradings" e fornecedoras de insumo-- é adiar os pagamentos por 90 dias e depois tentar renegociar.
"A gente está fazendo isso para evitar uma quebra de produção no próximo ano. Porque senão o agricultor vai ficar sem condições de plantar a próxima safra, e isso pode ocasionar um desabastecimento no país", disse Caixeta.
Segundo ele, a crise é causada por um estoque mundial muito grande dos principais produtos brasileiros, o que provoca queda de preço, e pelo real forte.
"Essa desvalorização do dólar pegou a gente de surpresa. E o culpado é essa subida dos juros. Os juros vão subindo assustadoramente, e com isso o dólar vai caindo. Então tem que baixar os juros para o dólar reagir", diz.
Ele explicou que, quando os insumos para produção foram comprados, o dólar estava a R$ 3,10. "Estamos assustados. O dólar a R$ 2,57 assusta qualquer produtor." Com o dólar mais barato, os produtores recebem menos reais pelos produtos exportados.
A CNA disse esperar "bom senso" do governo e contar com o apoio dos governadores. "Essa proposta não deveria sair dos produtores, deveria sair do governo", afirmou Caixeta.
Segundo ele, a idéia de formalizar ao governo uma proposta de renegociação partiu do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). "Ele está sentindo que a arrecadação do Estado cairá pela metade. Então agora eles [governadores] são parceiros nossos."
O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e ministro interino, Ivan Wedekin, disse que o governo ainda não tem como avaliar a proposta da CNA: "Vamos aguardar o pedido para avaliar e se posicionar".
Wedekin ressaltou que o ministério já está negociando com a área econômica do governo apoio para a comercialização. Segundo ele, ainda há a possibilidade de o cenário mudar até o início da colheita, em março. "O que há agora é um cenário esperado, mas o mercado é dinâmico", afirmou.
Na segunda, o governo prorrogou por 30 dias R$ 84 milhões em dívidas que venciam neste mês para plantadores de trigo da região Sul e R$ 75 milhões para plantadores de algodão. Os motivos foram a seca no Sul e o baixo preço do algodão.
A proposta será apresentada ao governo oficialmente no dia 2 de março, em reunião na cidade goiana de Rio Verde, com a presença de governadores de Estado, produtores rurais e do ministro Roberto Rodrigues (Agricultura). O ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) será convidado.
Entre julho de 2004 e janeiro deste ano, o governo liberou R$ 32,8 bilhões programados para serem aplicados em custeio, investimento e comercialização da safra 2004/2005. Desse total, R$ 23,56 bilhões são para custeio e comercialização. A CNA não informou o valor da dívida que poderá ter seu pagamento adiado.
De acordo com Macel Caixeta, presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, a proposta é pagar 20% da dívida dos financiamentos para custeio da produção neste ano e diluir o resto em quatro anos.
Para as dívidas formadas pelos financiamentos para investimento, a proposta é não pagar as parcelas que vencem neste ano e no próximo, deixando toda a dívida para o vencimento dos contratos.
A estratégia para negociação com as empresas privadas --"tradings" e fornecedoras de insumo-- é adiar os pagamentos por 90 dias e depois tentar renegociar.
"A gente está fazendo isso para evitar uma quebra de produção no próximo ano. Porque senão o agricultor vai ficar sem condições de plantar a próxima safra, e isso pode ocasionar um desabastecimento no país", disse Caixeta.
Segundo ele, a crise é causada por um estoque mundial muito grande dos principais produtos brasileiros, o que provoca queda de preço, e pelo real forte.
"Essa desvalorização do dólar pegou a gente de surpresa. E o culpado é essa subida dos juros. Os juros vão subindo assustadoramente, e com isso o dólar vai caindo. Então tem que baixar os juros para o dólar reagir", diz.
Ele explicou que, quando os insumos para produção foram comprados, o dólar estava a R$ 3,10. "Estamos assustados. O dólar a R$ 2,57 assusta qualquer produtor." Com o dólar mais barato, os produtores recebem menos reais pelos produtos exportados.
A CNA disse esperar "bom senso" do governo e contar com o apoio dos governadores. "Essa proposta não deveria sair dos produtores, deveria sair do governo", afirmou Caixeta.
Segundo ele, a idéia de formalizar ao governo uma proposta de renegociação partiu do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). "Ele está sentindo que a arrecadação do Estado cairá pela metade. Então agora eles [governadores] são parceiros nossos."
O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e ministro interino, Ivan Wedekin, disse que o governo ainda não tem como avaliar a proposta da CNA: "Vamos aguardar o pedido para avaliar e se posicionar".
Wedekin ressaltou que o ministério já está negociando com a área econômica do governo apoio para a comercialização. Segundo ele, ainda há a possibilidade de o cenário mudar até o início da colheita, em março. "O que há agora é um cenário esperado, mas o mercado é dinâmico", afirmou.
Na segunda, o governo prorrogou por 30 dias R$ 84 milhões em dívidas que venciam neste mês para plantadores de trigo da região Sul e R$ 75 milhões para plantadores de algodão. Os motivos foram a seca no Sul e o baixo preço do algodão.
Fonte:
Primeira Hora
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/357774/visualizar/
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