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Está suspensa abertura de cursos na UFMT
Está suspensa a abertura de novos cursos pagos de especialização realizados pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) até que se crie critérios de funcionamento. A disparidade de preços cobrados dos alunos e a qualidade destes cursos foram questionadas por membros do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe), que no dia 13 de fevereiro baixou resolução suspendendo abertura de novos cursos.
A previsão do presidente em exercício do Consepe, Elias Alves de Andrade, é de que os critérios acadêmicos e administrativos sejam definidos dentro de 30 a 45 dias. "De fato não havia normatização sobre alguns aspectos dessas especializações, a exemplo da cobrança de mensalidade. Agora será definido um parâmetro", avisa Andrade.
Para o membro do Instituto de Linguagens no Consepe, professor Roberto Boaventura, uma análise política da proliferação desses cursos e de cobranças absurdas permite afirmar que os docentes (professores) perderam a noção de universidade pública. E, toda uma conjuntura política contribuiu para esse cenário. Ele cita a defasagem salarial da classe e a redução do quadro de docentes como alguns fatores. "Essas especializações não são criadas para atender a uma demanda acadêmica, mas para complementar os salários dos professores", avalia.
O relatório de membros do Consepe que justificou as suspensões levantou os preços e ganhos de coordenadores. Os valores foram considerados muito diferentes, segundo Boaventura. "Alguns coordenadores ganham R$ 9 mil ao longo do curso, outros, até R$ 40 mil. Qual é o critério?" - questiona.
O presidente em exercício do Consepe discorda da análise política de Boaventura. Para ele, a proliferação desses cursos é resultado da qualidade do corpo docente da UFMT que atrai a demanda por especializações para a entidade. "A universidade tem prerrogativa de oferecer graduação, mestrado e doutorado mas o mercado pede para ofertamos a especialização", avalia.
Alguns desses cursos têm convênios com instituições federais e conseguem ser gratuitos. Mas essa parcela só representa 30% das cerca das 50 especializações ofertadas atualmente pela UFMT, segundo o presidente do Consepe.
Boaventura reconhece a dificuldade que os institutos têm para custear cursos de especialização e, portanto, a necessidade de cobrar mensalidades dos alunos. No entanto, pondera que há valores que são absurdos.
"Em alguns casos, o total das mensalidades somam quase R$ 9 mil por aluno, como ocorre no de Gestão Cooperativa de Crédito, do departamento de Administração da UFMT".
A previsão do presidente em exercício do Consepe, Elias Alves de Andrade, é de que os critérios acadêmicos e administrativos sejam definidos dentro de 30 a 45 dias. "De fato não havia normatização sobre alguns aspectos dessas especializações, a exemplo da cobrança de mensalidade. Agora será definido um parâmetro", avisa Andrade.
Para o membro do Instituto de Linguagens no Consepe, professor Roberto Boaventura, uma análise política da proliferação desses cursos e de cobranças absurdas permite afirmar que os docentes (professores) perderam a noção de universidade pública. E, toda uma conjuntura política contribuiu para esse cenário. Ele cita a defasagem salarial da classe e a redução do quadro de docentes como alguns fatores. "Essas especializações não são criadas para atender a uma demanda acadêmica, mas para complementar os salários dos professores", avalia.
O relatório de membros do Consepe que justificou as suspensões levantou os preços e ganhos de coordenadores. Os valores foram considerados muito diferentes, segundo Boaventura. "Alguns coordenadores ganham R$ 9 mil ao longo do curso, outros, até R$ 40 mil. Qual é o critério?" - questiona.
O presidente em exercício do Consepe discorda da análise política de Boaventura. Para ele, a proliferação desses cursos é resultado da qualidade do corpo docente da UFMT que atrai a demanda por especializações para a entidade. "A universidade tem prerrogativa de oferecer graduação, mestrado e doutorado mas o mercado pede para ofertamos a especialização", avalia.
Alguns desses cursos têm convênios com instituições federais e conseguem ser gratuitos. Mas essa parcela só representa 30% das cerca das 50 especializações ofertadas atualmente pela UFMT, segundo o presidente do Consepe.
Boaventura reconhece a dificuldade que os institutos têm para custear cursos de especialização e, portanto, a necessidade de cobrar mensalidades dos alunos. No entanto, pondera que há valores que são absurdos.
"Em alguns casos, o total das mensalidades somam quase R$ 9 mil por aluno, como ocorre no de Gestão Cooperativa de Crédito, do departamento de Administração da UFMT".
Fonte:
A Gazeta
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/357847/visualizar/
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