Dois condenados por mortes em culto satânico na Itália

Roma - Dois membros de uma banda de heavy metal chamada Beasts of Satan ("Feras de Satã") que confessaram participação em três assassinatos durante ritos satânicos foram sentenciados à prisão nesta quinta-feira. Um terceiro réu foi absolvido. Andrea Volpe, Pietro Guerrieri e Mario Maccione confessaram participação nos assassinatos de Chiara Marino, de 19 anos, e Fabio Tollis, de 16. Os crimes aconteceram em 1998, nos arredores de Milão. Outros cinco membros do suposto culto satânico deverão ser julgados em junho.

Volpe, considerado o mentor intelectual dos crimes, foi sentenciado a 30 anos de prisão - dez a mais do que o pedido pela promotoria. Guerrieri recebeu pena de 16 anos de reclusão e Maccione foi inocentado porque as autoridades concluíram que a participação dele foi secundária. "Hoje a justiça me recompensou", disse Michele Tollis, pai de Fabio, em entrevista à TV italiana. "Mesmo assim, nosso filho Fabio não voltará para nós", lamentou.

Lina Marino, mãe de Chiara, manifestou indignação com o fato de os réus não terem sido condenados à prisão perpétua. "Eles são assassinos. Isso não é justo." A promotoria acusava os réus de pertencerem a um obscuro culto satânico que promoveu os ritos movidos a drogas que resultaram nos assassinatos em janeiro de 1998 na floresta de Somma Lombardo, a noroeste de Milão.

Marino foi morta a facadas. Tollis, então seu namorado, também foi assassinado. Eles foram enterrados próximos um do outro.