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Internacional
Terça - 22 de Fevereiro de 2005 às 09:05

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Pelo menos nove soldados russos morreram e três ficaram feridos em um ataque da guerrilha separatista islâmica ao sul de Grozni, a capital da Chechênia, no choque armado mais sangrento registrado na república neste ano.

"Por cada soldado morto mataremos três guerrilheiros. Essa é a conta especial que levamos", disse nesta terça-feira o general Serguei Surovikin, comandante da 42a. divisão motorizada, à qual pertenciam os efetivos federais atacados ontem à noite pelos separatistas.

Os soldados russos foram surpreendidos por um grupo guerrilheiro, integrado por cinco ou seis homens, em uma granja situada em Prígorodnoye, a 9 quilômetros da capital chechena. Segundo Surovikin, na edificação onde estavam os soldados caiu uma granada antitanque RPG-7.

"As baixas foram produto tanto da explosão do projétil como do desmoronamento da edificação", disse o general russo, citado pela agência Interfax. Ele acrescentou que as forças sob seu comando lançaram uma operação na qual foram abatidos dois dos atacantes, e assegurou que "o resto do grupo será aniquilado ainda hoje".

Em janeiro, o líder da guerrilha separatista islâmica, Aslan Maskhadov, anunciou um cessar-fogo unilateral para facilitar o começo de negociações de paz.

A trégua anunciada por Maskhadov foi qualificada de manobra pelo Kremlin, que se nega a entabular qualquer negociação com a guerrilha que não seja para sua rendição incondicional.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, pediu ontem às forças de segurança que ajam com mais firmeza contra os grupos terroristas islâmicos que atuam no Cáucaso Norte. "Mais rigor com eles, mais rigor", enfatizou o chefe do Kremlin em reunião com o governo em plenário, na qual foi informado de diversas operações antiterroristas levadas a cabo pelas forças de segurança.

O ataque guerrilheiro em Prígorodnoye coincidiu com a implantação de medidas extraordinárias de segurança em todo o território da Chechênia.

Os habitantes da Chechênia e também da vizinha república da Inguchétia lembram amanhã, quarta-feira, os 61 anos das deportações stalinistas, que paradoxalmente coincidem com uma festa russa: o Dia do Defensor da Pátria, antigo Dia do Exército Vermelho.





Fonte: EFE

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